Polícia

Presos que fizeram rebelião no presídio de Aracaju somam 647 anos de condenação

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Os internos foram foram transferidos para uma ala especifica do presídio de São Cristóvão, na Grande Aracaju   |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 12/08/2020, às 10h57   Redação AjuNews



Os seis detentos que participaram na rebelião no Complexo Penitenciário Antônio Jacinto Filho (Compajaf) no presídio do Santa Maria, Zona de Expansão de Aracaju, nesta terça-feira (11), somam mais de 647 anos de condenação. A informação foi confirmada pelo secretário executivo do Departamento do Sistema Prisional (Desipe), coronel, Reinaldo Chaves, em coletiva virtual à imprensa, nesta quarta-feira (12).

“Todos os internos ligados ao motim somam 647 anos de condenação em processo já transitado e julgado pela Justiça, ou seja, eles não teriam mais recursos judiciais para recorrer das decisões. Entre eles, um soma 200 anos, outro 150 anos e aí por diante”, disse. O militar também agradeceu o apoio do Corpo de Bombeiros, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Polícias Civil e Militar e outros órgãos públicos que participaram das negociações.

Na coletiva, após ser questionado pelo AjuNews, o coronel disse que os envolvidos foram condenados por vários crimes como homicídios, furtos, roubos e tráfico de drogas. O coronel Reinaldo Chaves também informou que todos foram transferidos para uma ala especifica no Complexo Penitenciário Dr. Manoel Carvalho Neto (Copemcan) no presídio de São Cristóvão, na Grande Aracaju.

“Os crimes cometidos por eles foram muitos, mas não vamos entrar no mérito da questão porque já foram julgados e condenados. Agora para resguardar a vida de todos a Secretaria de Justiça fez o levamento de convivência e optou por transferi-los para o Copemcan, pois se forem para Tobias Barretos ou Nossa Senhora da Glória com certeza correriam risco de morte. No entanto, não até o momento relação entre o motim com grupos criminosos”, acrescentou.

Ainda de acordo com secretário executivo, a rebelião teve início na enfermaria do presídio, onde foram feitos, inicialmente, sete reféns entre advogados, auxiliar judiciário, assistente social, enfermeira e psicologa. “Os internos alegaram falta de segurança no enfrentamento à pandemia da covid-19, pois não estavam se sentindo seguros na unidade prisional e solicitaram transferências para outros presídios”, ressaltou.

Os presos agora também devem ser indiciados por falta grave conforme código do regimento penitenciário nas infrações que serão levantadas pela polícia civil, que podem ser dano ao patrimônio público, lesão corporal e cárcere privado. “Temos um acervo de imagens com fotos e vídeos que serão periciados pelos órgãos competentes e após as conclusões o diretor do presídio apresentará as devidas denúncias”, finalizou.

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