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Chefe de organização de tráfico internacional de drogas foi preso em Aracaju e teve carros de luxo apreendidos

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A Polícia Federal deflagrou uma operação na manhã desta quarta-feira (12)  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Polícia Federal

Publicado em 12/08/2020, às 11h53   AjuNews


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O chefe da organização de tráfico internacional de drogas preso pela Polícia Federal (PF) durante a Operação Olossá, nesta quarta-feira (12), morava em Sergipe. A informação foi confirmada em coletiva online da PF. Ele não teve nome revelado, mas era identificado como “01” e foi preso na Zona de Expansão de Aracaju.

De acordo com o delegado Fábio Araújo Marques, ele era paulista radicado em Sergipe, dizia atuar há 10 anos, sendo os últimos cinco com tráfico internacional. Ele tentava, segundo o delegado, convencer toda a organização de que o tráfico internacional era mais lucrativo e importante que o local. Foram apreendidos junto com o “01” dois carros de luxo e um quadriciclo.

“Ele atuava de forma muito difícil de identificar. Ele não aparece, não tem contato com as mulas, não está em nenhum momento nas conversas. Ele, inclusive, não tem rede social, conseguiu aparecer na operação após a prisão do 03, chefe do núcleo de aliciamento na Bahia”, disse o delegado Fábio Araújo Marques.

Os mandados cumpridos nesta quarta envolvem busca e apreensão e prisões preventivas em Sergipe (Aracaju), Bahia (Salvador, Lauro de Freitas e Conceição do Coité), Maranhão, Pará, São Paulo e Santa Catarina. No caso de Sergipe, além do mandado de prisão do “01”, também foi cumprido um mandado de busca e apreensão. Outros três mandados de prisão são cumpridos com o auxílio da Interpol (The International Criminal Police Organization), dois na Espanha e um na Tailândia.

O delegado lembrou que os criminosos eram especialistas em tráfico internacional de drogas por meio aéreo e visavam os mercados europeus e asiáticos. Eles tinham ajudantes chamados de “mulas” (que carregam drogas entre vários lugares), e que eram apelidados também de “atletas”. “Eles se autointitulam como empresa e falam que seriam a segunda maior do ramo. As mulas são chamadas de atletas, e quando elas conseguem fazer a entrega da droga, falam que ‘o atleta marcou gol’”, declarou.

A partir da primeira fase, deflagrada em 14 de março, toda a operação teve sua hierarquia identificada. Um grupo específico cuidava da logística de encaminhamento da droga. Enquanto o “01” atuava em Sergipe com braço em São Paulo, o “02” atuava no Maranhão com braço na Bahia, e o “03” atuava na Bahia com braço no mesmo estado.

Cada transporte, sem a dedução de despesas, poderia gerar rendimentos milionários para a organização criminosa. Cada mula recebia € 1.000 euros em espécie para cada viagem. A droga transportada vinha de outros países, e alguns membros ocultavam patrimônio colocando-o em nome dos seus braços. Os investigados irão responder pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

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