Polícia

Lava Jato: Polícia Federal cumpre mandados por fraudes e propinas em operações da Petrobras

Agência Brasil
Operação deflagrada desta terça-feira cumpre sete mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e em Niterói  |   Bnews - Divulgação Agência Brasil

Publicado em 20/10/2020, às 08h46   Redação BNews


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A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (20), a 77ª fase da Operação Lava Jato, que tem como alvos ex-funcionários e um atual empregado da Petrobras suspeitos de receber R$ 12 milhões em propina em operações estrangeiras de diesel e querosene de aviação.

São cumpridos sete mandados de busca e apreensão, sendo cinco deles no Rio de Janeiro e dois em Niterói. De acordo com a Polícia Federal, os suspeitos são ligados à diretoria de Abastecimento da estatal e as investigações são desdobramentos de outras três fases da Lava Jato que apuraram pagamento de propina na área de trading da empresa.

As ordens judiciais foram expedidas pela 13ª Vara Federal de Curitiba após denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF). As investigações tiveram início após a prisão de seis pessoas investigadas pelo pagamento de US$ 31 milhões em propinas pagas a funcionários da Petrobras por empresas estrangeiras que atuam na compra e venda de petróleo e derivados.

A partir daí, segundo a PF, as investigações chegaram a outros seis envolvidos no esquema, que são alvo da investigação desta terça-feira (20). As operações investigadas nesta fase, conforme o MPF, foram realizadas pelos escritórios da Petrobras em Londres, Singapura e Houston, e envolveram a compra e venda de mais de 3,3 bilhões de litros de combustíveis entre 2005 e 2015.

Ainda de acordo com o MPF, foram identificadas pelo menos 61 operações suspeitas de compra e venda de combustíveis. As investigações também apontaram que os suspeitos forneciam informações privilegiadas sobre a programação de importações e exportações da estatal.

A denúncia apontou também que houve vazamento de informações privilegiadas em 12 concorrências para fornecimento de 1 bilhão de litros para petroleiras do Uruguai e Paraguai. A Polícia Federal afirmou que os investigados recebiam vantagens indevidas que eram calculadas com base na quantidade de produto negociado.

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