Polícia

Sargento que ameaçou jovem com arma diz que caso só teve repercussão porque vestia camisa de Bolsonaro

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Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 20/12/2020, às 21h15   Redação Bnews


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Depois de ter sido filmado por uma câmera de segurança de uma loja agredindo um jovem e o ameaçando com uma arma, o 1º sargento do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF), Guilherme Marques, afirmou que toda a confusão aconteceu por ele estar usando uma camisa com a foto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

O jovem, identificado como Jair Aksin Reis Canhête, 25 anos,  foi ameaçado após tentar ajudar uma mulher que havia sofrido assédio em uma estação do Metrô em Taguatinga (DF), na tarde de sexta-feira (18). 

“Todo mundo está vendo só um lado da moeda. Apenas dei bom dia para uma moça. Fui agredido primeiro e minha atitude contra ele não foi por acaso. Só deu essa repercussão por causa da camisa do Bolsonaro”, disse o sargento em entrevista ao Metrópoles. 

Na versão do programador, ele seguia para casa quando percebeu que o sargento passou a mão pelo corpo de uma jovem que estava em uma fila para comprar um bilhete. Ele abordou o autor do assédio, que reagiu sacando uma pistola.

Agentes da segurança do Metrô se aproximaram para saber o que  estava ocorrendo e sugeriram que o programador continuasse no metrô até que o sargento saísse. “Eu ainda presenciei quando ele se identificou para os agentes como militar do Corpo de Bombeiros e apresentou a documentação. Falaram que o cara estava estressado, mas quem havia cometido o crime era ele. De qualquer forma, esperei por 15 minutos e depois segui meu caminho”, disse o rapaz.

O sargento aguardou, escondido, a saída do programador. Assustado, o rapaz correu para se refugiar dentro de uma loja.“É uma sensação muito ruim de impotência, pois esse homem havia assediado uma moça dentro do Metrô. Espero que as autoridades tomem uma providência enérgica”, finalizou.

Vítima

A mulher, que preferiu não se identificar, também em entrevista ao portal, afirmou que estava na fila da estação e que aguardava pela chegada do namorado. De repente, ela sentiu uma mão em seu cabelo. “Ele pegou da metade do cabelo para baixo e foi passando a mão. Primeiro, achei que era alguém conhecido, mas, quando vi uma pessoa que não conheço me olhando com cara maliciosa, confrontei”, afirmou a cabeleireira.

“Vou abrir ocorrência hoje [domingo] ainda, no máximo, amanhã [segunda]. Agradeço muito pela atitude do Jair, tomando uma causa que nem dele era. Se todos agissem assim, o mundo seria bem melhor”, completou a vítima.

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