Josefa Martiniano da Silva, de 59 anos, mãe do traficante Pezão, considerado um dos líderes do tráfico de drogas no Conjunto do Alemão, Zona Norte do Rio, e que está sendo procurado pela polícia, disse, em matéria do G1 publicada nesta quinta-feira (2), que se cansou do entra e sai de policiais em sua casa e tomou uma decisão: prendeu no portão de entrada um aviso informando que eles (os policias) estiveram lá “mais de 15 vezes”.
Josefa jura não ter contato com o filho há duas semanas, mas se estivesse com ele, saberia o que fazer. “Pegava pelo braço e entregava à polícia. Eu não escolhi essa vida para ele”, afirmou a diarista, que mora na favela Pedra do Sapo há 38 anos.
As investidas policiais, segundo ela, é o que mais lhe apavora: “os policiais vêm aqui toda hora. Não faço mais nada. Não vou mais à igreja, estou apavorada. Ameaçam minha família. Eles reviram tudo e perguntam (sobre Pezão). Eu falo: ‘não tenho nada. Não tenho contato com ele’”, reclama Josefa, que além de Pezão tem outros quatro filhos e 16 netos.
A mulher ainda diz que fica revoltada quando comentam que nenhum dos outros filhos se envolveu com o tráfico. Ao falar de Pezão, as lágrimas rolam pelo rosto. “Se entrega, meu filho. É melhor do que morrer”, disse ela, reproduzindo o apelo ao criminoso. “Não tenho mais esperança de vê-lo. Está na mão de Deus.
Informações do G1.
Foto: Carolina Iskandarian/G1