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Sindimed reafirma ameaças sofridas por médica

Imagem Sindimed reafirma ameaças sofridas por médica
Sesab desmente informações dos médicos, mas profissionais garantem ação de marginais  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 07/08/2012, às 11h17   Redação Bocão News



A Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) voltou a desmentir o Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed) sobre a presença de bandidos armados em frente ao Instituto de Perinatologia da Bahia (Iperba), no bairro de Brotas, em Salvador.

Segundo informações da Sesab, Ruth Silva Souza – acusada de ameaçar uma médica – teria dado entrada na unidade de saúde com fortes dores e após avaliação teria sido liberada, retornando horas depois sentindo as mesmas dores na companhia de pessoas da comunidade, e não de bandidos armados, como foi passado pela médica que trabalhava no momento.

Sobre as declarações da secretaria de Saúde, o presidente do sindicato, Francisco Magalhães reafirmou que todos os relatos da medica que estava de plantão são verdadeiros. “Ela (médica) não teria porque mentir. Inclusive casos de ameaças dentro das unidades de saúde é corriqueiro para o sindicato. Temos diversos registros em diversos postos e hospitais da cidade. A vítima não pode virar acusada”, disse o presidente.

Ainda segundo Magalhães a médica ainda não registrou ocorrência da ameaça sofrida por temer represálias. “Ela esta assustada, naturalmente. No próximo domingo ela esta escalada para o plantão na maternidade, mas acredito que ela não tenha condições emocionais de voltar ao local. Orientei a sua transferência, mas ela pediu um tempo para pensar na decisão, ela não quer deixar a unidade, e também não quer ir à delegacia por medo do que pode vir a acontecer”, afirmou.

O Sindimed confirmou a entrega do ofício ao promotor de Justiça Rogério Queiroz, ao secretário de Saúde Jorge Solla, e o secretário de Segurança Maurício Teles Barbosa, solicitando medidas de segurança pessoal para a equipe médica e para a maternidade. Segundo informações do Iperba Ruth Silva Souza permanece em observação na maternidade. Ela e o bebê seguem com estado de saúde estável e devem receber alta ainda esta semana.

Mais violência - Ainda de acordo com Francisco Magalhães, outra denúncia de insegurança também foi feita por médicos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Mãe Hilda, localizado no Largo do Curuzu, na Liberdade. Recentemente, durante um tiroteio em frente à unidade, parte dos envolvidos invadiu o local, causando pânico entre médicos, funcionários e pacientes.

Nota do Sindimed - Um grupo fortemente armado posicionou-se em frente ao Instituto de Perinatologia da Bahia (Iperba), em Brotas, na madrugada desta segunda-feira (6), ameaçando uma médica da maternidade para que fizesse um parto contra a indicação da profissional. Os momentos tensos vividos por ela e toda a equipe médica chegaram ao conhecimento do Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed), na manhã desta segunda-feira.

Segundo relato da profissional que – por motivos óbvios -, não quis se identificar, por volta de 1h30, deu entrada na maternidade Ruth Silva Souza, que é presidiária em liberdade condicional, apresentando um quadro de falso trabalho de parto. Após examinada, a paciente foi orientada a permanecer na unidade de saúde para, dali a uma hora, ser novamente avaliada, como é o procedimento padrão em casos de pré-parto.

Reagindo agressivamente à orientação médica, a paciente exigiu internamento para que fosse realizado o parto e agrediu verbalmente a médica, ameaçando-a de morte e dizendo que era traficante em liberdade condicional e que não lhe custava nada matar alguém.

Pouco tempo depois, 19 homens fortemente armados ocuparam a frente da maternidade, ameaçando toda a equipe, exigindo que fosse feito um parto cesariano na paciente. A equipe médica acionou a Polícia, mas, segundo o relato, houve certa demora até a chegada da guarnição, o que aumentou o pânico no local. Somente ao avistarem as viaturas, os homens fugiram.

Diante deste quadro de forte insegurança, os médicos do Iperba solicitam mais proteção e um posto policial permanente no local. O Sindimed está encaminhando ofício ao promotor de Justiça Rogério Queiroz, ao secretário de Saúde Jorge Solla, e o secretário de Segurança Maurício Teles Barbosa, solicitando medidas de segurança pessoal para a equipe médica e para a maternidade. De acordo com o presidente do Sindimed, Francisco Magalhães, outra denúncia de insegurança também foi feita por médicos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Mãe Hilda, localizado no Largo do Curuzu, na Liberdade. Recentemente, durante um tiroteio em frente à unidade, parte dos envolvidos invadiu o local, causando pânico entre médicos, funcionários e pacientes.

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