Polícia

PCdoB quer pena máxima para assassinos de Colombiano e Catarina

Imagem PCdoB quer pena máxima para assassinos de Colombiano e Catarina
Ministério Público solicitou a prisão preventiva dos acusados   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 07/10/2012, às 09h19   Redação Bocão News (twitter: @bocaonews)


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O Ministério Público da Bahia solicitou a prisão preventiva dos envolvidos nos homicídios dos sindicalistas Paulo Colombiano e Catarina Galindo. Agora, tudo depende do parecer do juiz. De acordo com o promotor Dorival Joaquim da Silva, o parecer deve ser anunciado nos próximos dias. “Caso não seja favorável, eu vou recorrer. Existem provas suficientes da autoria do crime”.

Para o promotor, os acusados de serem mandantes do crime Claudomiro Cesar Ferreira Santana e Cássio Antônio Ferreira Santana e os executores Adailton Araújo de Jesus, Edilson Duarte Araújo e Wagner Luiz Lopes de Souza são de alta periculosidade e soltos podem atrapalhar as investigações. “Eles podem atentar contra a vida de outras pessoas. Podem ameaçar ou até matar testemunhas e fugir, já que têm um bom padrão financeiro”. Os cinco foram denunciados por homicídio triplamente qualificado, nesta quinta-feira (04/10), por Dorival Joaquim e mais dois promotores, Nivaldo dos Santos Aquino e Davi Gallo Barouh.

“Já está tudo provado, mas ao longo da investigação podem aparecer novas provas”, explica o promotor. Segundo ele, mais testemunhas serão ouvidas e os acusados darão outro depoimento. O intuito é que sejam levados a júri popular. Mas, isso depende da avaliação do Tribunal de Justiça.

O PCdoB vê a iniciativa do Ministério Público como louvável e correta. “É uma tentativa de reparar uma injustiça cometida pela própria Justiça, que soltou cinco criminosos”, explica o presidente do diretório municipal do partido, Geraldo Galindo. Para os comunistas, os assassinos têm que responder ao processo presos. “Eles representam ameaça a outras pessoas. Queremos que a punição seja nos rigores da lei e que peguem pena máxima”, conclui o presidente.

Para Adilson Araújo, presidente da CTB-Bahia, é preciso que a população se mantenha vigilante e amplie a campanha pela punição dos culpados, para que o desfecho desse crime, marcado pela violência, seja justo. O sindicalista lembra ainda que os irmãos Ferreira Santana mandaram pichar os cartazes da campanha, onde apareciam os rostos deles, como se pudessem apagar essa história.

Ato

Para reforçar a campanha pela punição dos mandantes e executores, a CTB e o Instituto Reacender fazem novo ato. A atividade está prevista para às 10h do próximo dia 29 de outubro, dois anos e três meses depois dos homicídios, em frente ao Tribunal de Justiça.

Denúncia

Os promotores avaliam o crime por motivo torpe, sem possibilidade de defesa das vítimas. De acordo com o Judiciário, ao buscar apurar as irregularidades, Colombiano acabou assinando a própria sentença de morte, por que os criminosos arquitetaram os assassinatos visando à impunidade.

Segundo a denúncia, foi Adailton quem disparou contra o casal. Edilson e Wagner ficaram encarregados de repassar as informações necessárias à efetivação do crime, apontando o melhor momento e local para a emboscada. Eles seguiram o carro onde os dois estavam e, em uma sinaleira de Brotas, ligaram para Adailton, que se aproximou, aproveitando que o trânsito estava congestionado, e começou a atirar.

Nota originalmente publicada às 13h33 do dia 6

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