Polícia

Emoção no enterro do delegado baleado na porta de casa

Gilberto Junior
Amigos e familiares dão o último adeus para Eduardo Rafael  |   Bnews - Divulgação Gilberto Junior

Publicado em 11/11/2012, às 10h30   Alessandro Isabel (twitter: @alesandroisabel)


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“Ele foi morto lutando pela vida. Ele morreu lutando por uma sociedade mais segura”, o desabafo parte de Marcelo Cavalcanti, amigo do delegado Eduardo Rafael de Santana Lima, que teve o corpo sepultado na manhã desta sexta-feira (09), no cemitério Jardim da Saudade, final de linha de Brotas, em Salvador.

Amigos de trabalho e familiares são unânimes ao falar do delegado que batalhava para combater o roubo de veículos. “Ele não era apenas um exemplo de profissional, era muito mais do que isso. Quem conheceu Eduardo sabe que ele era um exemplo de pessoa, de ser humano”, desabafa José Guerreiro, chefe do Serviço de Investigação, da 11ª Delegacia de Polícia (DT/Tancredo Neves).


O sepultamento do corpo do delegado, morto após receber três tiros na porta de casa ao reagir a um assalto, contou com as presenças do secretário de Segurança Pública, Mauricio Barbosa, do delegado-geral Hélio Jorge, além de policiais civis e militares. “É um fato lamentável, mas temos que continuar em frente. Não podemos recuar, nem baixar a cabeça. Vamos continuar lutando, combatendo a criminalidade”, garante o secretário.

Eduardo estava na Polícia Civil há oito anos e, nesse período, trabalhou nas cidades de Coaraci, e Ilhéus, na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR). Em Salvador, atuou nas Delegacias Territoriais de São Caetano, Pituba e Tancredo Neves, e em duas especializadas: DRFR e DRFRV, onde se encontrava desde julho deste ano.


Descrito como uma pessoa tranquila pelos colegas com quem trabalhou, Eduardo tinha atuação destacada na DRFRV, apesar de lotado há pouco mais de quatro meses na unidade. Sua principal função era no setor de inteligência policial, de onde emergiam informações importantes para o planejamento de operações de combate a quadrilhas de roubos de carro.

Na função de assistente direto do delegado titular Nilton Borba, Eduardo foi transferido, depois de dois anos e meio na 11ª DT, para fortalecer a equipe daquela especializada. Aos 35 anos, o delegado deixa dois filhos.


“Estamos solidários à família de Eduardo, que nesse momento sofre conosco a perda de um ente querido e profissional exemplar”, desabafou Hélio Jorge. “A Polícia Civil da Bahia está muito triste, mas mantém a cabeça erguida na busca da identificação e prisão dos autores”, prometeu o delegado.  Eduardo morreu às 10 horas de quinta-feira (8), no Hospital Geral do Estado.

Foto: Gilberto Junior // Bocão News


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