Polícia

ACBEU lamenta agressão a casal gay

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Por meio de nota a associação afirma que repudia ação do segurança da instituição  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 04/03/2013, às 10h36   Alessandro Isabel (Twitter: @alesandroisabel)


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A Associação Cultural Brasil Estados Unidos (ACBEU) afirmou – por meio de nota – que lamenta a agressão que teria sido feita por um segurança da instituição contra duas mulheres ocorrida na última sexta –feira (01), no Corredor da Vitória.

A ACBEU diz que "repudia veementemente a resolução violenta de conflitos e qualquer tipo de discriminação contra a livre orientação sexual de cada um" e ainda “lamenta profundamente o incidente ocorrido nas dependências da galeria de arte".

Segundo a instituição, ela "iniciou a apuração detalhada do incidente, e está entrando em contato com as vítimas, assegurando que não poupará esforços para minimizar o sofrimento e a reparação dos prejuízos causados".



O Caso – A noite da última sexta-feira (01) era para ser apenas mais um momento de descontração para as namoradas Thalita Andrade, 29 anos, e Roberta Nascimento, 26 anos que foram apreciar a exposição do artista plástico Eder Muniz, no Teatro Acbeu, na Vitória, em Salvador.

“Estava tudo tranquilo. E eu estava muito feliz nesse dia. Mas por volta das 22 horas, o segurança começou a expulsar as pessoas da exposição. Ele estava com muita pressa de fechar. Eu tinha tomado muita cerveja e senti vontade de ir ao banheiro, e sabia tinha umas amigas que estavam lá”, relatou Thalita à reportagem do Bocão News.

Segundo Thalita o segurança teria impedido a ida dela ao banheiro. “Ele (segurança) ficou nervoso e tentou me impedir. Ele bateu em um menino e depois bateu em minha namorada, Roberta, que foi quem mais sofreu quando tentou me defender. Ele partiu os supercílios dela, e ela caiu no chão”, conta. “Foi uma violência gratuita. Não tem nada que justifique. Ainda mais vindo de uma segurança que está ali para proteger a gente”, lamentou a jovem à reportagem.

Thalita contou também que o segurança registrou um boletim de ocorrência na 1ª Delegacia (Barris). “Algumas amigas me contaram que ele apareceu lá com a camisa rasgada e nariz sangrando. Esse segurança não sofreu agressão de ninguém. Ele se colocou como vítima, quando na verdade era agressor”, disparou.

Na noite de sexta, após a confusão, as mulheres se dirigiram para o Hospital Português, onde Roberta ficou internada. Logo depois, que Roberta recebeu alta no final da manhã deste sábado (02), elas foram para a 14ª Delegacia (Barra), onde registraram queixa. Em seguida, as duas foram até o Departamento de Polícia Técnica (DPT) para realizar exame de corpo de delito.


Um protesto está programado para acontecer na tarde desta segunda-feira (4) em frente à galeria. "Pelo fim do machismo e da lesbofobia. As companheiras agredidas estão convocando um ato segunda-feira (4), às 16h, no Corredor da Vitória", diz o texto compartilhado nas redes sociais.

Colaborou a repórter Adélia Felix

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