Um vídeo publicado na internet mostra o momento em que policiais militares obrigam os presos a se beijar na boca diante das câmeras de celulares e ainda são induzidos a dizer que se amam. Os dois detentos ainda não foram identificados. As agressoes aconteceram em julho do ano passado, mas só agora chegaram ao conhecimento da Secretaria Social de Pernambuco. A gravação, que pode ter sido feita em uma delegacia permite identificar a farda da Rádio Patrulha da Polícia Militar de Pernambuco.
Na imagem, um dos policiais envolvidos aparece encapuzado. Em entrevista ao Jornal da Globo, o secretário de Defesa Social, Wilson Damásio, definiu o caso como bastante constrangedor, e afirmou que o ambiente policial é um ambiente sério e que, dessa forma, as pessoas que trabalham na segurança pública deveriam levar o trabalho a sério,
Dámasio prometeu punição para os culpados pelas humilhações. “Isso será tratado como investigação criminal. Nosso pessoal vai apurar para que tudo isso seja identificado. Os nomes dos envolvidos estão registrados na delegacia”, afirma.
O caso veio à tona apenas alguns dias depois que o NETV divulgou imagens de policiais militares maltratando presos já dominados na praia de Piedade, em Jaboatão Guararapes. Um agente chegou a prender a cabeça de um homem com o pé, na areia da praia, com a onda chegando e cobrindo o rosto do suspeito.
O secretário ainda reafirmou que a Corregedoria de Polícia está agindo para que também este caso não fique sem punição. Segundo Damázio, a ação foi truculenta e a Corregedoria está já em fase adiantada de apuração. “Certamente poderá acontecer a sansão disciplinar, que vai desde a prisão disciplinar em um de nossos quartéis até a demissão no serviço público e a exclusão do policial”, diz.
A Ordem dos Advogados do Brasil divulgou uma nota sobre o caso dos abusos cometidos pelos policiais na praia de Piedade. A OAB considera que o comportamento dos PMs é uma ameaça à sociedade e pede a punição dos agressores.
“Nós ficamos estarrecidos como presidente da OAB e cidadão pernambucano e brasileiro. É um caso público de abuso de autoridade que viola todos os princípios norteadores dos direitos humanos, de respeito à dignidade da pessoa humana, de civilidade”, diz o presidente da OAB-PE, Henrique Mariano
Informações Jornal do Commercio e Folha On Line.
Foto: Reprodução/ Record
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