Polícia

Delegado é preso acusado de tortura, prevaricação e abuso de autoridade

Imagem Delegado é preso acusado de tortura, prevaricação e abuso de autoridade
Denúncia foi levantada pelo Ministério Público da Bahia  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 25/10/2013, às 10h34   Caroline Gois (twitter: @goiscarol)


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O delegado José Renato Flores da Cunha foi preso, na tarde desta quinta-feira (24), foi preso após ser denunciado pelo Ministério Público do Estado da Bahia sob as acusações de prática de tortura, prevaricação - que é um crime funcional, praticado por funcionário público contra a Administração Pública e por abuso de autoridade.
A informação, divulgada com exclusividade pelo programa Sociedade Alerta, da Rádio Sociedade e apresentado por João Kalil, dá conta que José Renato atuava na cidade de Nova Soure, que fica a 225km da capital baiana e que a prisão já foi efetivada. 

Em dezembro do ano passado, suspeito de ter cometido os crimes acima, José Renato Flores da Cunha, havia sido afastado de suas funções pela Justiça, que atendeu ao pedido formulado pelo Ministério Público estadual, por meio do promotor de Justiça Leonardo Quintans Coutinho. A decisão do juiz Marcelo Luiz Santos Freitas teve caráter liminar e objetivou garantir a ordem pública e a tranquilidade dos policiais e demais envolvidos no processo de instrução criminal, vez que a Justiça considerou que, caso permanecesse no cargo durante as investigações, o delegado suspenso poderia oferecer perigo, constando na denúncia do MP indícios da prática de diversos crimes relacionados ao exercício da função pública do denunciado.
A decisão da Justiça levou em conta fatos relatados na denúncia do MP, todos ocorridos com o delegado no poder e exercendo sua função pública. No dia 25 de julho de 2012, José Renato Flores da Cunha teria autorizado um candidato a vereador local a transportar, em seu veículo particular, um preso custodiado na delegacia de polícia de Nova Soure até o Fórum da cidade para que o detento lavrasse a certidão de nascimento do seu filho. Outro registro revela que, em virtude de uma cobrança de aluguel, o delegado teria conduzido um inquilino devedor para que fosse torturado na delegacia, de modo a pagar o débito. Constam ainda da denúncia ministerial, relatos de que o delegado teria se apropriado de valores encontrados com um menor em conflito com a lei, que faria parte de uma sociedade em uma empresa de segurança, e ainda que José Renato Flores Cunha trataria as pessoas que procuravam a unidade policial sem urbanidade ou respeito, havendo indícios ainda da prática de assédio moral contra servidores da delegacia, bem como da prefeitura cedido para trabalhar na unidade de polícia.

Publicada no dia 24 de outubro de 2013, às 17h34

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