Após as denúncias sobre regalias concedidas à médica Kátia Vargas, acusada de duplo homicídio triplamente qualificado pela morte dos irmãos Emanuel e Emanuelle, que ocorreu no dia 11 de outubro, o secretário da Secretaria de Adminstração Penintenciária e Ressocialização (Seap), Nestor Duarte Neto, afirmou na tarde desta quarta-feira (20), em entrevista concedida à repórter Juliana Nobre, que "ela (Kátia Vargas) não é uma detenta como outra qualquer. Isso por conta da comoção que esta situação causou..este incidente ou acidente, doloso ou culposo que a polícia está investigando", afirmou, negando que haja qualquer tipo de benefício concedido à oftalmologista. "Ela está cumprindo uma prisão por ordem judicial. Ela tem tido problemas de saúde e tem sido assistida por médicos. Pelo que me consta tudo está caminhando bem. Se tiver algum problema...até agora a SGP - Superintendência de Gestão Prisional não nos passou nada. Não há regalias", atestou.
Secretário Nestor DuartePara o secretário, que estava sendo procurado pela reportagem do Bocão News desde a segunda-feira (18), quando as denúncias sobre regalias chegaram à redação, tudo está sendo cumprido dentro da lei. "A família das vítimas está enlutada, a família da médica também está passando por uma situação difícil, o marido, os filhos. É uma situação constragedora. Não é uma situação normal porque ela não é membro de organização criminosa", exemplificou o caso.
A diretora da Central Médica Penitenciária do Complexo da Mata em Escura, Maria Teresa Rezende, também conversou com a reportagem e negou veemente qualquer regalia à médica. “Na realidade ela continua na Central por conduta médica. A gente vem tratando Kátia com conduta médica e ela não saiu ainda para o complexo feminino porque não teve alta”.
Quando questionada sobre a visita de familiares e amigos da médica fora do horário permitido, Maria Teresa ressaltou que o acesso a ela (à Kátia) é o mesmo a todos os detentos e falou sobre a denúncia de que o marido da oftalmologista teria dormido no presídio de quinta para sexta, feriado na capital baiana. “Isso não procede. Todas as vezes que o marido dela vem à unidade prisional, nem sempre ele tem acesso à detenta. Ele vem ou para conversar com o serviço médico, com a diretoria e saber sobre o estado de saúde dela. Ela tem direito também a dois dias de telefonema por semana”, afirmou. De acordo com a Secretaria de Adminstração Penintenciária e Ressocialização (Seap), as visitas de Kátia Vargas só estão autorizadas aos domingos, até às 16h. 
Médica Kátia Vargas
