Polícia

Presos pai e filho que comandavam organização e sonegaram R$ 45 milhões

Imagem Presos pai e filho que comandavam organização e sonegaram R$ 45 milhões
Acusados vão responder por furto qualificado por fraude, formação de quadrilha e sonegação fiscal em Luís Eduardo Magalhães  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 04/12/2013, às 07h48   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



Dois líderes de uma organização criminosa que sonegou cerca de R$ 45 milhões aos cofres públicos foram presos na tarde desta terça-feira (3), durante a operação Grãos do Oeste II. Ela foi desencadeada no município de Luís Eduardo Magalhães pelo Ministério Público do Estado da Bahia, em conjunto com a Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap) e a Secretaria da Fazenda (Sefaz).

Marcos dos Santos Veloso e Thiago Felipe Alves Veloso, pai e filho, são acusados pela prática dos crimes de sonegação fiscal, furto qualificado por fraude e formação de quadrilha. Eles tiveram os mandados de prisão expedidos pelo juízo da Vara Criminal de Barreiras.

Segundo informações do 
Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica, as Relações de Consumo, a Economia Popular e Conexos (Gaesf), também foram expedidos mandados de prisão contra Jailton Florzindo dos Santos, conhecido como Capitão do milho, e Iomar Evangelista de Moraes Sobrinho, que ainda estão sendo procurados pela Polícia. Eles são acusados de também integrar a organização que atuava de forma concatenada, através de empresas fraudulentas, estruturadas em um esquema de falsidade ideológica, formação de quadrilha e sonegação fiscal. Ainda de acordo com as investigações, a organização era liderada por Marcos Veloso, o chefe que elaborava o planejamento tributário fraudulento com o objetivo de sonegar tributos e que também atuava efetuando clonagem e autenticação de documentos fiscais.

A quadrilha funcionava falsificando notas fiscais em nome de empresas de terceiros e Conhecimentos de Transportes e Cargas (CTRCs). Além disso, indica o Gaesf, eles não recolhiam o ICMS relativo ao transporte. Atualmente, a organização criminosa estava utilizando crackers, no antigo endereço de uma das empresas do grupo, para realizar pagamentos de seus tributos com recursos de contas bancárias de clientes do Banco do Brasil. Notícia-crime apresentada pelo banco à força-tarefa composta pelo MP, Sefaz e Polícia Civil informa que crackers utilizaram programas espiões para furtar credenciais de acesso às contas de clientes do banco, mediante canais de autoatendimento.

Segundo apurado, eles realizaram transações fraudulentas, tais como transferências bancárias, pagamento de boletos, quitação de tributos e emissão de DOC/TED, o que configura fraude eletrônica. A denúncia contra os integrantes da quadrilha foi recebida pelo juiz da Vara Criminal de Barreiras e faz parte do planejamento estratégico do Gaesf, que objetiva deflagrar a persecução criminal contra as principais organizações criminosas que sonegam quantias milionárias aos cofres públicos baianos.


Publicada no dia 03 de dezembro de 2013, às 17h55

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