Após a morte dos policiais militares Manoel dos Reis Freitas Júnior e Luciano Fiuza de Santana, que passaram mal durante um treinamento na última segunda-feira (16), a categoria decidiu realizar um ato público, na tarde desta quinta-feira (19), em homenagem aos colegas e com um pedido junto ao Ministério Público para que as mortes sejam investigadas.
O vereador Marcos Prisco (PSDB) iniciou a caminhada da Praça Municipal ao MP para pedir uma rigorosa apuração do curso dos Caveiras. Segundo ele, poucas pessoas sabem, de fato, como é feito esse curso e quais são as condições que os policiais ficam submetidos nesse teste de aptidão física. No entanto, ele já recebeu relatos de vários policiais que disseram que as provas são desumanas. "Queremos que o MP apure toda a situação. A forma com que os testes são aplicados, o atendimento prestado, a ausência de uma ambulância equipada para situações de emergências. Vidas não podem ser perdidas por negligência. Não sou contra o curso, absolutamente. Mas queremos que tenha mais transparência. Esses casos seriam abafados como outros também foram se não resultasse na morte desses policiais".
Policiais militares, amigos e familiares e PMs participam da caminhada vestidos de preto. O Tenente Joserrise Mesquita de Barros Nascimento, da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe/Cerrado) segue internado no Hospital São Rafael, entubado e inconsciente. O quarto policial que precisou de atendimento médico, soldado Paulo Deivid Capinan da Silva Pedro, da 81ª CIPM (Itinga), recebeu alta médica na noite de segunda-feira.
A Polícia Militar da Bahia informou, em nota, o corpo do soldado Luciano Fiuza de Santana, morto durante um teste de aptidão, será enterrado hoje às 16h, no Campo Santo, com honras militares.
Com informações do repórter Marivaldo Filho
Publicada no dia 19 de dezembro de 2013, às 15h35
