Polícia

Homem é condenado a 12 anos de prisão por enfiar agulhas em enteado

Imagem Homem é condenado a 12 anos de prisão por enfiar agulhas em enteado
Júri popular começou às 8h30 e terminou às 23h50 de quinta  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 14/03/2014, às 06h12   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Roberto Carlos Magalhães, acusado de colocar 31 agulhas no enteado em Ibotirama, oeste da Bahia, foi condenado a 12 anos e seis meses de prisão por tentativa de homicídio triplamente qualificado.
O júri popular começou às 8h30 e terminou por volta das 23h50 desta quinta-feira (13). De acordo com informações da assessoria do Fórum Professor Nestor Duarte, oito testemunhas foram ouvidas, quatro de acusação, duas de defesa e duas do juízo, todas selecionadas pelo juiz Pedro Henrique Izidro, que responde pelo caso.

Inicialmente, um total de nove pessoas seriam ouvidas, mas uma testemunha de acusação foi dispensada pelo magistrado no decorrer da sessão.

Roberto será transferido para a comarca de Salvador, onde deverá cumprir a sentença. Dia e horário da transferência não foram informados. Na época do crime, ele chegou a afirmar que a ação foi realizada como parte de um ritual de magia negra, com objetivo de se vingar da mãe da vítima. O caso foi descoberto em dezembro de 2009, quando a criança fez um exame de raio-x para descobrir a origem de dores misteriosas pelo corpo.

Segundo o Ministério Público da Bahia (MP-BA), que fez a denúncia do caso, ele disse que teve a ajuda de duas mulheres - uma delas a suposta amante -, que foram liberadas pela Justiça por falta de provas. A amante foi presa e beneficiada com a liberdade provisória.

O crime foi cometido por motivo fútil e usando meio cruel, de acordo com o MP-BA. A intenção era se vingar da mãe da vítima, por causa das brigas com o padrasto. A polícia informou que o ex-padrasto confessou o crime e relatou que levava a criança até a casa da suposta amante, onde eram colocadas as agulhas.

O menino tinha dois anos e oito meses quando foi vítima da ação. Ele foi socorrido para o Hospital de Barreiras e transferido pelo Hospital Ana Nery, em Salvador, onde foram retiradas 22 das 31 agulhas. Duas estavam no coração e mais duas no pulmão. A alta médica foi autorizada depois mais de um mês internado, após três cirurgias. Atualmente ele tem sete anos e continua morando em Ibotirama com a mãe e os irmãos. Ele ainda tem quatro agulhas no corpo, mas em locais que não apresentam riscos à saúde.

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