O caso do turista português Rui Sete, assaltado em plena luz do dia no Terreiro de Jesus, no Pelourinho, no domingo (27), sob os olhares de dezenas de testemunhas e a poucos metros da Delegacia de Proteção ao Turista (Deltur), é apenas mais um dos inúmeros casos registrados em Salvador, sem que as vítimas contem com a ação dos policiais que, a princípio, deveriam estar protegendo os visitantes.
Os agentes da Delegacia de Proteção ao Turista (DELTUR) conseguiu prender na manhã desta nesta terça-feira (29), o assaltante Iran Teixeira dos Santos, conhecido como Barroquinha, que agrediu o português no domingo. Apesar de ter completado 18 anos recentemente, em fevereiro passado, Barroquinha confessou ser autor de 14 homicídios quando era menor. Morador do Pau Miúdo, ele passou dois anos no Centro de Acolhimento ao Menor (CAM).
Alemães - No mesmo domingo, enquanto Rui Sete era alvo da ação de Barroquinha no Pelourinho, a empresária alemã Birgit Claus, 47, foi assaltada, por volta das 13 horas, na Ladeira dos Aflitos, proximidades da Avenida Contorno, um dos locais considerados mais perigosos de Salvador.
Birgit foi ameaçada por um homem que portava uma faca e estava acompanhado de duas crianças. A turista teve roubada uma máquina fotográfica e certa quantia em dinheiro. Ela estava acompanhada de dois amigos que não reagiram ao assalto e aconselharam que a empresária entregasse seus pertences.
Ao prestar queixa na Deltur, a turista ouviu dos policiais que aquele local era perigoso e que ela não deveria transitar por ali. Birgit reconheceu que no guia turístico que comprou na Alemanha o local é desacoselhado para visitas por ser perigoso.
Essa é a Salvador que quer sediar a Copa do Mundo, e tem vendida no exterior a imagem de uma cidade em que não se pode circular livremente sem correr o risco de ser vítima de assalto ou até mesmo morte, como aconteceu com o francês
Sylvain Mathey, morto na tarde deste domingo (20), no Parque São Braz, na Federação, por criminosos que teriam "errado o alvo".
