Polícia

Advogado e publicitário estiveram na mesma boate horas antes do acidente

Publicado em 10/11/2014, às 09h32   Redação Bocão News (Twitter: @amandasantana


FacebookTwitterWhatsApp

"Bêbado e procurando muita confusão". Estes foram os sinais do advogado Roberto João Starteri Sampaio Filho, 38 anos, apontados pelos funcionários de uma boate, no Rio Vermelho. Expulso do local minutos antes de provocar o acidente que matou publicitário,  Daniel Paschoaliq Prata, 28, na Avenida ACM, na madrugada de sábado (8), Roberto permance preso na sede da Polinter.

Segundo funcionários da boate, no Rio Vermelho, o publicitário esteve horas antes no mesmo local em que o advogado estava bastante alterado, porém não há confirmação se os dois se encontraram: “Ele estava muito bêbado, procurando confusão, tirando a camisa e jogando ela para cima”. Ainda em declarações, funcionários da casa noturna afirmaram que Roberto havia sido expulso do espaço por seguranças do local.

Por volta das 4h, próximo ao Parque da Cidade, no Itaigara, Daniel dirigia um Hyundai Sonata prata, acompanhado da médica cearense Luciana Lucetti, 35, quando foi atingido pela Nissan Frontier preta dirigida por Roberto, que teve apenas ferimentos leves.
Luciana, que sofreu um traumatismo crânio-encefálico e uma fratura na bacia, foi transferida do Hospital Geral do Estado para o Hospital São Rafael, na tarde deste domingo, e segue em estado grave, na UTI.

Autuado em flagrante, o advogado está preso em uma cela especial, com mais duas pessoas, na sede da Polinter, nos Barris, desde a tarde de ontem. Segundo um agente da unidade, ele não recebeu visitas até a noite do mesmo dia. Ainda no sábado, os advogados de Roberto fizeram um pedido de definição de fiança à Justiça, para que ele pudesse ser liberado.

No entanto, segundo a assessoria do Tribunal de Justiça (TJ-BA), a juíza de plantão, Carla Ceará, converteu o pedido dos advogados em determinação de prisão preventiva do suspeito. Daniel era filho único da mãe, tinha duas irmãs por parte de pai e tinha se mudado para João Pessoa (PB).

Em meio aos comentários durante o sepultamento de Daniel, na manhã deste último domingo (9), no cemitério Jardim da Saudade, o clima de choque entre parentes e amigos era generalizado. “Ele sempre foi um menino muito carinhoso. Ninguém consegue entender essa tragédia”, disse uma ex-colega de escola, que preferiu não se identificar.

Para o amigo Paulo Afonso, o publicitário era “uma figura que não há palavras para descrever”. Ainda de acordo com ele, Daniel era uma pessoa bastante tranquila e, também, responsável no trânsito: “Um amigo nosso chamava Daniel de ‘Dai-me paciência’ por causa disso, de tão na dele que ele era. Gostava de desfilar no Sonata dele, não corria e era super cuidadoso no trânsito”, garantiu. Muito abalados, familiares da vítima não quiseram conversar com a reportagem nem antes nem após o velório.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp