Polícia

Advogado de funcionários torturados revela razão pela ausência de ‘marcas’ em uma das vítimas

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Defesa dos funcionários relatou detalhes da ‘salvação’ de um dos trabalhadores  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Montagem/BNews

Publicado em 31/08/2022, às 11h32   Redação com informações de Nilson Marinho


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Um dos dois funcionários do empresário evangélico, identificado como Alexandre Carvalho de Santos, que foi torturado após ser acusado de furto, teve as mãos queimadas pelo patrão por um ferro de passar. Por outro lado, Marcos, também funcionário de Alexandre, só saiu ileso das queimaduras porque o utensílio doméstico não estava na sala onde aconteceram as sessões de tortura. A intenção do suspeito também era queimá-lo, de acordo com o advogado das vítimas.

Além de Alexandre, o sobrinho dele, Diógenes Carvalho Souza, que trabalhava como gerente da loja onde as vítimas estavam empregadas, também é investigado por agredir os rapazes e gravar toda a violência. As imagens foram compartilhadas pelos dois em um aplicativo de troca de mensagem. 

“Eles não fizeram o mesmo com Marcos porque, o ferro, Marcos já tinha levado para outra sala. Mas ele iria queimar Marcos também. Ele (Diógenes Carvalho Souza) ligou para a mãe de Marcos, dona Vilma, para ela ir ao local. Quando ela entrou no local, ela ouviu os gemidos e gritos do filho. Ela tentou tirar o filho, e eles não deixaram. Só após ela chamar a filha, uma funcionária dele convenceu os dois a soltarem Marcos”, detalhou Alan Mata.

“Os investigados, Alexandre e Diógenes, que filmaram os vídeos. Eles prometeram à mãe de William que não iria divulgar os conteúdos quando a mãe dele implorou dizendo que o filho não era ladrão. Eles alegaram que fizeram isso porque eles estavam roubando. Ela se calou toda tremendo e eles entraram no carro e foram embora. Mesmo assim, eles divulgaram o vídeo e constituíram provas contra si. Eles queriam, além de divulgar as torturas, colocar os meninos como ladrões", completou Mata.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) na Bahia também se pronunciou e está apurando a denúncia. Na manhã desta quarta-feira (31), os suspeitos se apresentaram no Complexo de Delegacias dos Barris. 

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