Polícia

Após ações letais da PM, Werner diz que morte não é orientação, mas "é preciso resguardar policial"

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Werner também declarou se solidarizar com famílias que perdem entes queridos em ações policiais  |   Bnews - Divulgação Joilson César/BNews
Sanny Santana

por Sanny Santana

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Publicado em 09/08/2023, às 13h13


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Depois das mais de 30 mortes ocorridas em diferentes ações policiais na Bahia, o secretário de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) se pronunciou sobre o caso em entrevista realizada nesta quarta-feira (9), durante entrega de viaturas semiblindadas no bairro da Barra, em Salvador. 

Durante a entrevista, Werner declarou se solidarizar com as famílias que perdem seus entes queridos em ações policiais, mas deixou claro que "de primeira, tem que investigar de onde veio esse disparo". Ele declarou achar importante responsabilizar o verdadeiro autor dos tiros que atingem inocentes e "ser cada vez mais preciso" nas ações. 

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Diante das dezenas de mortes, o titular da pasta enfatizou que policiais não são orientados a matar, mas que precisam se proteger. 

"Os policiais não são capacitados para ir à rua para tirar a vida, eles vão para preservar, proteger e salvar, estar à disposição, mas cada vez mais ele está sendo confrontado e cada mais sendo recebido a tiros, aí ele acaba tendo uma reação para repelir aquela injusta agressão e, na maioria das vezes, acaba acontecendo resultado de morte a partir da intervenção policial. É orientação? Não. Mas é preciso resguardar a integridade do policial", declarou o secretário.

Werner também explicou que ataques criminosos foram feitos logo após grandes operações policiais para "criar uma sensação de terror" e desviar a atenção da população.

"Se a gente for ver os eventos que ocorreram em Salvador neste ano, elas ocorreram após operações especiais na cidade, para criar uma sensação de terror, desviar atenção. Eles mandam recado, colocam armamento a mostra, amedrontando cada vez mais a população", afirmou.

No último sábado (6), o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, declarou ter acionado a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos para acompanhar as dezenas de mortes ocorridas durante os confrontos.

Na segunda-feira (7), em entrevista ao BNews, Werner declarou que, neste ano, mais de 65 viaturas foram atacadas na Bahia. Além disso, mais de 100 policiais foram feridos em 1 ano e meio. As ações policiais também resultaram em apreensões de mais de 3.000 armas, incluindo 37 fuzis.

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