Polícia

Após criança ser amarrada em poste, polícia pede prisão de donos de creche por maus tratos

Reprodução/TV Globo
Maus tratos aconteciam com crianças entre 1 e 2 anos  |   Bnews - Divulgação Reprodução/TV Globo

Publicado em 23/06/2023, às 14h56   Cadastrado por Sanny Santana


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A Polícia Civil pediu a prisão temporária dos dois donos de uma escola infantil particular por prática de maus-tratos contra os alunos. A creche é localizada no Cambuci, na zona sul de São Paulo, e a polícia ainda solicitou à Justiça um mandado de busca e apreensão. 

Um dos vídeos feitos por uma ex-funcionária, que trabalhou no local por dois meses, mostra a dona da escola e uma funcionária xingando e gritando com crianças entre 1 e 2 anos. Em uma das cenas, é possível ver um menino amarrado a uma pilastra com a própria blusa.

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Outro aluno, que fez xixi na roupa, ouve os gritos de uma funcionária. "Hoje você não fez xixi na roupa por qual motivo? Vou começar a conversar com você e gravar as suas respostas. Quando a sua mãe, seu pai ou sei lá quem vier te buscar, eu vou pegar e colocar: 'Aqui a resposta do seu filho pra mim'";

Em outra filmagem, a diretora grita com uma menina de pouco mais de 1 ano, mandando que ela guardasse os brinquedos que estão no chão. "Eram só quatro pecinhas, e já que você quer dar uma de louca, vai guardar tudo", diz a diretora para a criança, que chora.

Diante da situação, a ex-funcionária procurou os pais das crianças vítimas de maus tratos e relatou o que acontecia dentro da escola. A partir daí, os familiares procuraram a delegacia.

De acordo com o delegado do 6º Distrito Policial, Fábio Daré, 12 mães foram ouvidas e todas faziam relatos parecidos: seus filhos apresentam mudança de comportamento, estão assustados e com medo de ficar no escuro. Além disso, estão comendo demais porque não estariam sendo alimentados na escola.

A polícia ainda não sabe há quanto tempo as crianças vinham sofrendo esses castigos, mas duas estagiárias que trabalham no local serão chamadas para depor.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que a Polícia Civil aguarda a decisão do Poder Judiciário e que as investigações continuam em andamento. 

O Metrópoles tentou entrar em contato com representantes da escola, mas ninguém respondeu. O perfil da instituição no Instagram está fora do ar.

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