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Violência em Feira extrapola o limite de qualquer hospital, diz diretor do HGCA

Acorda Cidade / Ed Santos
Segundo Pitangueira, os fins de semana são os dias de maior incidência de vítimas de tiros atendidos no hospital e a média de faixa etária das vítimas é de 20 a 30 anos  |   Bnews - Divulgação Acorda Cidade / Ed Santos

Publicado em 08/04/2019, às 10h15   Redação BNews


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Os casos de violência no município de Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador, produzem um número cada vez maior de vítimas. A "Princesa do Sertão" foi avaliada como a 14ª cidade mais violenta do mundo, segundo o estudo anual da organização Conselho Cidadão para a Segurança Pública e a Justiça Penal do México, divulgado recentemente.

Segundo o diretor do Hospital Geral Clériston (HGCA), José Carlos Pitangueira, neste fim de semana, sete vítimas chegaram de uma só vez. Elas foram baleadas em um bar no bairro Novo Horizonte. O diretor ressalta que em todos os fins de semana a situação é semelhante.

Pitangueira também chamou atenção para o alto número de pessoas atendidas no hospital vítimas de facadas, especialmente no domingo, além dos atendimentos de vítimas de acidentes de moto. Segundo ele, as 12 vítimas foram só de sexta e sábado a noite.

“Nós não estamos aqui para atender briga de quadrilha. Desse jeito não tem como. A gente se prepara para atender 100 e atende 300. O hospital tem um limite técnico e com essa violência acaba não tendo vaga para a população que está precisando. Não estamos aqui para cobrir só violência e essa situação está extrapolando o limite de qualquer hospital. Estamos aqui para atender também as necessidades da população. Tem que dá um basta nessa violência”, afirmou ao site Acorda Cidade

Segundo Pitangueira, os fins de semana são os dias de maior incidência de vítimas de tiros atendidos no hospital e a média de faixa etária das vítimas é de 20 a 30 anos, seguido de um número expressivo de menores atendidos. "Há uma situação clara de interferência do pai e da mãe, pois a criação está difícil de ser feita e nessa situação é difícil acompanhar. A população de Feira cresceu, mas não teve educação na escola”, afirmou.  

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