Polícia
Publicado em 23/01/2023, às 18h18 José Ivan Neto
O ex-estudante de medicina preso em Mar del Plata, Argentina, nesta última terça-feira (17), por ter sido acusado de estuprar a irmã e a prima, trabalhava em um bar luxuoso em Buenos Aires que era frequentado por jogadores famosos do futebol como Lionel Messi.
De acordo com a polícia, o acusado trabalhava como freelancer no estabelecimento. Quando foi preso, ele já não trabalhava mais no local. No bar, a presença de celebridades como os jogadores da seleção argentina Lionel Messi e Leandro Paredes era comum, assim como dos atores Guillermo Francella, Diego Hodara, Nicolás Vazquez, Benja Rojas e a cantora Flor Vigna.
Foragido
De acordo com Anchieta Nery, diretor de inteligência da Polícia Civil do Piauí, o jovem viva como "mochileiro" na Argentina e comparecia à bares e restaurantes, além de fazer passeios turísticos, vivendo "bastante à vontade".
O suspeito foi preso cerca de três meses após deixar Buenos Aires. Ele foi monitorado, segundo a polícia, várias vezes, sendo flagrado em pontos turísticos, parques e bares. À época, ele adotou o nome falso de Pedro Henrique Saldanha.
Conforme informações da polícia, pessoas que conviviam com o investigado na Argentina começaram a suspeitar de algumas atitudes e entraram em contato com a polícia do Piauí. Após a corporação confirmar a identidade do jovem, a Polícia Civil do Piauí solicitou ajuda da polícia da Argentina e da Interpol.
Ele ainda chegou a ser procurado em quatro países como Portugal, Espanha, Paraguai e Argentina, até ter sido encontrado no último. O delegado informou que ele chegou ao Paraguai passando pela Foz do Iguaçu.
Crimes e condenação
O acusado foi condenado pelos estupros contra a prima de 12 anos e a irmã de nove anos em novembro de 2022. Pelo estupro da irmã mais nova, de três anos, o réu foi absolvido. Já pelo crime contra a prima, o homem deverá cumprir pena de 10 anos, 4 meses e 7 dias pelo abalo psicológico e relações domésticas. Pela irmã de nove anos, a pena foi de 23 anos e 4 meses, sendo consideradas além do abalo psicológico, relações domésticas e ser irmão paterno da vítima.
A prisão foi realizada com apoio da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), do Corpo de Investigação Judicial (CIJ) do Ministério Público Fiscal de Buenos Aires e da Polícia Federal Argentina.
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