Polícia

Caso Gamboa: MP-BA vai instaurar processo para apurar operação da PM

Foto: Joilson César
O processo será distribuído a um promotor de justiça. A ação dos policiais resultou na morte de três pessoas na Gamboa  |   Bnews - Divulgação Foto: Joilson César

Publicado em 03/03/2022, às 11h48   Juliana Barbosa


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O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) informou nesta quarta-feira (2), que vai instaurar um procedimento de notícia de fato para apurar as investigações sobre a operação da Polícia Militar que resultou na morte de três pessoas na Comunidade do Solar do Unhão, na Gamboa. O parquet disse que, após isso, o processo vai ser distribuído para um promotor de Justiça.

Entidades baianas divulgaram nota em repúdio contra a ação da polícia. A nota diz que os jovens foram executados sumariamente já que depoimentos de testemunhas apontam que não houve qualquer reação ou troca de tiros.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) seção Bahia também se posicionou sobre o caso. Defendeu o afastamento dos policiais envolvidos na operação e uma investigação transparente por parte da corregedoria da PM.

A OAB disse ainda que vai cobrar urgência na instalação de câmeras em viaturas e fardas da polícia militar.

Sobre o Caso

Três jovens morreram durante uma operação policial na comunidade da Gamboa, localizada nas proximidades da Avenida Contorno, em Salvador, durante a madrugada desta terça-feira (1º). De acordo com o comandante-geral da Polícia Militar (PM), coronel Coutinho, o trio teria resistido a abordagem policial feita pelos agentes da RONDESP - BTS e houve troca de tiros. Os rapazes identificados como Patrick Sapucaia, Alexandre Santos e Cleberson Guimarães, foram encaminhados ao Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resitiram ao ferimentos. 

Foto: Joilson César
Foto: Joilson César

Com eles, a polícia afirma ter encontrado: um revólver, uma balança de precisão; duas pistolas; 177 trouxas de uma substância aparentando ser maconha; 233 pinos de uma substância aparentando ser cocaína; 130 pedras de crack; 10 embalagens plásticas contendo substância aparentando ser cocaína; três celulares, um relógio de pulso, e R$ 172 em espécie.

Familiares contestam versão da PM

Os moradores da comunidade Solar do Unhão afirmam que os policiais chegaram no local atirando e jogando gás lacrimogênio, levaram os jovens para um imóvel abandonado e os executaram.

Foto: Joilson César
Foto: Joilson César 

Manifestação

Por causa da ação, moradores fizeram um protesto na Avenida Lafayete Coutinho, mais conhecida como Avenida Contorno, na terça-feira (1°).

O grupo fechou a pista nos dois sentidos, tanto na subida para o Campo Grande, quanto na descida para o Comércio, e pediu o fim da violência policial na comunidade. Durante o protesto, os moradores também reclamaram da truculência dos policiais 

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