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Caso Marielle e Anderson: Destino de ex-PM muda após quebra de silêncio em delação

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Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 25/07/2023, às 08h13   Redação


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O ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, envolvido no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, será transferido para um presídio estadual não divulgado. Sua família também receberá proteção. As medidas acontecem após ele dar detalhes sobre os crimes em uma delação premiada à Polícia Federal (PF) e ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ). As informações são do g1.

Em entrevista a Natuza Nery, o jornalista da TV Globo Mahomed Saigg, o primeiro que teve acesso à delação de Élcio de Queiroz, disse que o ex-PM tinha esperança de ser absolvido por falta de provas, no entanto decidiu fazer a delação quando "percebeu que o cerco estava se fechando" conforme o surgimento de novas provas que o incriminavam.

Com a quebra de confiança, Élcio decidiu fazer a delação, segundo a PF. "[Élcio de Queiroz e Ronnie Lessa] estavam muito seguros em um pacto de silêncio. A partir do momento em que a Polícia Federal levou até o Élcio provas de que o Ronnie não teria contado toda a verdade sobre o caso, Élcio percebeu que ele, na verdade, ia acabar tendo problemas", diz Saigg.

"Aquilo que ele tinha de esperança – de uma absolvição ou de uma falta de provas para uma condenação – caiu por terra... Foi a partir daí que, diante dessas provas que começaram a ser apresentadas, ele decidiu falar", conclui Mahomed.

Élcio, que dirigiu o Cobalt prata usado no atentado contra Marielle em 14 de março de 2018, está preso desde 2019. Na mesma época, também foi preso o ex-policial reformado Ronnie Lessa, autor dos disparos que mataram a vereadora do PSOL e o motorista Anderson Gomes.

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