Polícia

Chilena cita 'remédios controlados' e 'surto' ao justificar ataque contra lojista judia na Bahia

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A chilena, identificada como Ana Maria Leiva Blanco, foi filmada chamando a lojista de 'assassina de crianças'  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes sociais

Publicado em 05/02/2024, às 08h28   Redação BNews


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A chilena Ana Maria Leiva Blanco, acusada de ataque antissemita contra uma comerciante judia, em Arraial d’Ajuda, no sul da Bahia, afirma que está arrependida de suas ações contra a lojista judia Herta Breslauer, de 54 anos.

Em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, Ana Maria disse que "toma medicamentos controlados" e teve um "surto" que a levou a entrar na loja de Herta, agredi-la e danificar alguns objetos.

Em um vídeo gravado pela vítima é possível vê-la gritando ao ser contida pelo namorado: "Sionista, assassina de crianças. Eu vou te pegar, maldita sionista", dizia a chilena.

"Eu me arrependo muito pelos meus filhos, isso aqui não tem nada a ver com intolerância religiosa, tem a ver com uma coisa política, ela pensa de um jeito, eu penso de outro, e ela quer que eu pense do jeito dela. Se alguma pessoa do povo judeu se sentiu ofendida com as minhas palavras, peço desculpas também, mas isso é um fato pessoal", declarou Ana Maria.

A chilena, investigada pelos crimes de racismo, injúria, grave ameaça, dano qualificado e tentativa de agressão, foi levada para uma delegacia, onde foi ouvida e, posteriormente, liberada.

A suspeita foi proibida pela Justiça de entrar em contato com a vítima, se ausentar do país enquanto durar o processo e frequentar o estabelecimento comercial de Herta.

Em seu depoimento à polícia, a comerciante judia relatou que Ana Maria, amiga de infância de seu filho, começou a compartilhar nas redes sociais mensagens contrárias a Israel e de apoio ao grupo terrorista Hamas desde o início do conflito entre as duas partes.

Segundo a versão da vítima, o ataque ocorreu após ela bloquear a suspeita das redes sociais em resposta a acusações de ser uma assassina.

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