Em ato simbólico, moradores do Imbuí clamam por paz e segurança pública

Cerca de 200 pessoas se reuniram na Praça do Imbuí, na tarde deste sábado (8), para clamar pelo reestabelecimento da paz no bairro. De acordo com a avaliação de grande parte dos moradores da localidade, o crescimento comercial na região tem se tornado fator atrativo para a ação de criminosos. A mobilização aconteceu uma semana após o estudante Felipe Rauta Cabral, de 25 anos, ser vítima de latrocínio na localidade.

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Ainda sentindo a dor da perda, a mãe do jovem, Ana Luiza Cabral, disse que algo de efetivo será feito apenas quando os crimes atingirem o alto escalão do Poder Público. "Tiraram a minha jóia, meu diamante, e cadê o pessoal dos Direitos Humanos que não me procuraram? Quando acontecer com o filho de um presidente da República, de um senador ou de um deputado, aí talvez alguma providência seja tomada”, disse indignada.

“Muitos falaram pelo fato do meu filho estar dentro do carro naquele horário, mas meu filho não é o culpado. A culpa é do Estado que não oferece segurança", criticou. Ana Luiza ainda condenou a proposta de redução da maioridade penal. “Independente de idade, praticou o crime, tem que ser punido”, opinou. Mesmo sabendo que a manifestação não trará a vida do filho, o empresário Amaro Jorge Ribeiro Cabral acredita que a "reunião da população representa um grito pedindo justiça".

Presente na mobilização como morador e representante do Legislativo municipal, o vereador Euvaldo Jorge (PP) ressaltou que o ato reflete um anseio dos moradores de todos os bairros de Salvador. "Acredito que estes crimes no Imbuí são motivados pelo crescimento do bairro. Mas, é preciso ressaltar que esta situação se alastra por toda a cidade, e é preciso que todos da sociedade se unam para mudar esta triste realidade", frisou.

Reunidos em frente ao monumento em homenagem a Jorge Amado, os moradores trajando roupas brancas clamaram por paz e justiça. Veja o vídeo: