Polícia

Crime de facção? Delegado faz revelações sobre "taxa de segurança" exigida na Vasco da Gama

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Delegado afirmou que crime é "amador"  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes sociais
Sanny Santana

por Sanny Santana

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Publicado em 16/01/2024, às 12h44 - Atualizado às 20h44


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Na última quinta-feira (11), comerciantes da região da Avenida Vasco da Gama, em Salvador, foram surpreendidos por um comunicado supostamente vindo de uma facção criminosa, cobrando, sob ameaça, "taxa de segurança" para os vendedores. Não demorou para que o crime começasse a ser investigado.

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O delegado Nilton Borba, da 7ª Delegacia Territorial, deu uma atualização sobre o caso durante entrevista realizada nesta terça-feira (16) para a Record TV Itapoan. Na ocasião, ele relembrou que uma chave pix de número de telefone foi colocado no comunicado. Imediatamente, a Polícia Civil identificou a responsável pela conta bancária.

"Na segunda-feira identificamos a pessoa, porque naquele comunicado tem ali um telefone que, na verdade, é uma chave pix para os comerciantes fazerem o depósito. Identificamos a pessoa responsável pela chave pix, pela conta bancária que está ligada àquele telefone, conduzimos aqui para a delegacia, foi presa em flagante, foi conduzida para a delegacia para ser interrogada e demonstrou todo o esquema. Ela alegou que uma pessoa teria pedido o número emprestado e que depois ela foi surpreendida pelo telefone dela estar naquele comunicado", declarou o delegado.

Borba ainda revelou que todas as pessoas envolvidas no caso foram identificadas, incluindo os responsáveis por entregar o comunicado. Entre os suspeitos, estão uma menor de idade e um homem usuário de drogas.

Apesar de a ameaça ter sido atrelada a facção criminosa, já que é uma prática comum desse tipo de organização, o delegado afirmou não se tratar de um crime de facção. "Me parece uma coisa muito incipiente, muito mambembe, amadora para um golpe praticado por alguma facção criminosa (...) O fato é o seguinte, não acreditamos que seja nenhuma facção que esteja fazendo isso. Acho que alguns usuários de droga estão se aproveitando do momento. Mas de qualquer sorte, a investigação está em estado bem adiantado", explicou.

"Vamos identificar todas essas pessoas, vamos chamar os comerciantes, vamos reprimir com muita veemência. A polícia não vai admitir que comerciantes nem aqui, nem no Rio Vermelho, nem na Vasco da Gama, nem em lugar nenhum sofram um tipo de crime desse", completou o delegado Nilton Borba.

Diante da "taxa de segurança" cobrada, a Secretaria da Segurança Pública (SSP - BA) informou, por meio de nota, que determinou prioridade na investigação da cobrança. Imagens de câmeras de segurança estão sendo analisadas, e suspeitos e vítimas estão sendo interrogados.

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