Polícia

Dono de loja saqueada na Cracolândia desabafa sobre prejuízo: "Roubaram tudo. Não ficou um parafuso"

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José Carlos relatou que teve um prejuízo de mais de R$300 mil devido à ação de dependentes químicos  |   Bnews - Divulgação Reprodução// Rede Globo

Publicado em 29/01/2024, às 18h30   Cadastrado por Mariana De Siervi


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O comerciante José Carlos de Souza, proprietário da loja de eletrônicos que foi saqueada neste último sábado (27) na região da Cracolândia, no Centro de São Paulo, tomou a decisão de encerrar seu negócio. Ele expressou sua revolta com o que considerou como “falta de ação do Poder Público” na região central para conter o avanço e a violência dos usuários de drogas.

José Carlos relatou ao programa SP1, da TV Globo, que teve um prejuízo de mais de R$ 300 mil devido à ação de dependentes químicos, com quase 100% dos produtos sendo roubados.

“A loja está sendo encerrada. A porta está fechada e não temos mais condições financeiras para continuar. Me levaram mais de R$ 300 mil da loja. A gente já vem sofrendo há vários anos, não é de agora... E o Poder Público promete e nada acontece. Estamos à mercê da nossa sorte”, declarou o comerciante.

A loja ficou destruída, com produtos quebrados no chão, prateleiras vazias e destruídas, e desordem.

“Acabei de vir do hospital porque, imagina você, uma situação dessa. Já estávamos numa situação financeira complicada, fechamos três lojas, agora mais uma. Acabei de vir do hospital porque a pressão arterial alterou. E talvez nossa maior revolta é com o Poder Público, que sabe o que está acontecendo, que é uma zona tomada pelos bandidos, mas não faz uma segurança, não faz o que deveria fazer”, disse.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU), por meio de nota, informou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) encaminhou quatro pessoas para o 2º Distrito Policial da região central neste domingo (28) durante uma ação de patrulhamento na região, portando objetos eletrônicos sem procedência.

“Fizeram isso em 5 minutos. [a polícia] Demorou uma hora ou mais [pra chegar]. E não tem uma viatura... Tivemos o caso de um vizinho que viu acontecer, chamou a guarda, a GCM. E disseram que é caso da PM, pra ligar pro 190. E nos deixaram sendo roubados, sendo saqueados. Levaram tudo da loja, não ficou um parafuso”, completou o proprietário. 

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