Polícia
Publicado em 21/08/2024, às 20h33 Victória Valentina
Dois homens foram alvo da operação Gold Gigger, deflagrada pela Polícia Federal nesta quarta-feira (21), suspeitos de participação no ataque ao Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Saifi), que desviou R$ 15 milhões dem recursos públicos em março e abril deste ano.
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Os agentes cumprem três mandados de prisão temporária e 19 mandados de busca e apreensão em Minas Gerais, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal. Até o momento, duas pessoas foram presas, uma Belo Horizonte e outra no Rio, e uma terceira ainda não foi encontrada. Um servidor público está entre os alvos.
Os invasores desviaram R$ 15 milhões em recursos públicos, sendo que cerca de R$ 10 milhões foram recuperados pelo Tesouro Nacional com apoio da PF e do Banco Central. O caso foi revelado pela Folha de S.Paulo em 22 de abril.
Ao longo das investigações, a polícia identificou tentativas de desvio de mais de R$ 50 milhões por meio de um "esquema de alta complexidade". Os investigados poderão responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático, furto qualificado mediante fraude, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
A primeira transferência ilegal de valores foi registrada em 28 de março. Na ocasião, os responsáveis mudaram o destino de R$ 3,8 milhões de contratos do MGI (Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos). Já em 16 de abril, outros R$ 11,39 milhões foram desviados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Desse valor, R$ 6,7 milhões foram pagos em oito operações diferentes feitas no intervalo de um minuto. Contas em nomes de pessoas e empresas que não têm negócios com o governo federal receberam o dinheiro.
Os invasores furtaram credenciais de funcionários do governo na plataforma gov.br e usaram as senhas para autorizar os pagamentos via Pix.
De acordo com a PF, a organização criminosa utilizava "técnicas avançadas de invasão cibernética", como envio de mensagens SMS com links maliciosos para pesca de senhas (phishing) e emissão fraudulenta de certificados digitais em nome de servidores para obter acesso ao Siafi e autorizar os pagamentos indevidos.
O Siafi é um sistema operacional desenvolvido pelo Tesouro Nacional em conjunto com o Serpro. Ele foi implementado em janeiro de 1987 e, desde então, é o principal instrumento utilizado para registro, acompanhamento e controle da execução orçamentária, financeira, patrimonial e contábil do governo federal. Com ele, o governo realiza o empenho de despesas (a primeira fase do gasto, quando é feita a reserva para pagamento), bem como os pagamentos das dotações orçamentárias via emissão de ordens bancárias.
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