Polícia

Escândalo do Pix: Polícia Civil leva novas provas para o MP e aguarda medidas contra jornalistas

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MP havia pedido por informações complementares em inquérito  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Vídeo

Publicado em 24/05/2024, às 12h25 - Atualizado às 16h55   Dandara Amorim e Sanny Santana



Apesar de a Polícia Civil ter concluído em abril o inquérito do escândalo do pix envolvendo o ex-jornalista e o ex- editor-chefe da Record Bahia, o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) não aceitou o documento e pediu por mais provas para que o caso avançasse. E foi o que os investigadores fizeram.

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Em entrevista ao delegado Charles Leão, responsável pelo caso, foi informado ao BNews que o complemento das investigações já foi enviado novamente ao Poder Judiciário para que o MP tome medidas. 

"No último começo de abril o Ministério Público entendeu por novas requisições para melhor complementar a nossa investigação, já cumprimos essa requisição, devolvemos ao Poder Judiciário para dar vista ao Ministério Público, estamos aqui aguardando se o Ministério Público vai entender por necessário novas medidas ou novas requisições, estamos aqui para atender o Poder Judiciário e o Ministério Público no melhor possível", declarou o delegado.

Segundo Leão, foram resgatadas imagens dos programas, por exemplo, já que o MP declarou necessitar de informações complementares que fossem, especialmente, "ilustrativas".

O delegado também relembrou quais eram as vítimas dos jornalistas. "Pessoas humildes, simples, pessoas do povo que precisavam de valor para mitigar, para diminuir um pouco da dor que sofria naquele momento. Mães de bebês com câncer, pessoas muito doentes, pessoas que realmente estavam precisando, e nesse momento de dor foram exploradas e subtraídas de valores que certamente mitigariam, diminuiriam aquele momento de sofrimento que estavam passando", afirmou.

Ainda de acordo com o delegado, todas as pessoas que tiveram suas contas bancárias envolvidas no esquema foram indiciadas e irão responder por estelionato, por lavagem de dinheiro e associação criminosa.

"Todas, dentro dessa dinâmica criminosa, tinham uma função importante, estruturada, uma divisão de tarefas, por isso que todas foram indiciadas", explicou.

Pelo caso de estelionato com fraude eletrônica, os acusados podem pegar pena de 4 a 8 anos de prisão. Por associação criminosa, 1 a 3 anos, e por lavagem de dinheiro de 3 a 10 anos.

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