Polícia

Esquema de fraudes: Golpista ofereceu R$ 500 mil por senha de gerente do Banco do Brasil

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Grupo criminoso é investigado por desviar R$ 40 milhões de clientes do Banco do Brasil  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 22/11/2024, às 09h40   Victória Valentina



A Polícia Federal do Rio de Janeiro descobriu que um dos suspeitos de envolvimento no suposto esquema de fraudes milionárias contra o Banco do Brasil ofereceu R$ 500 mil para que uma gerente integrasse o grupo criminoso ou vendesse a senha de acesso aos sistemas da financeira. 

Segundo as investigações, em uma troca de mensagens, o suspeito ofereceu a quantia em troca da participação da gerente no esquema. "Qual é a sua função? Gostaria de uma ajuda?", questionou ele. Sem saber de quem se tratava, a gerente perguntou quem era e como a pessoa havia conseguido o telefone dela.

O golpista, por sua vez, lhe fez uma proposta. "Pago R$ 200 mil na sua senha, tenho uma forma de trabalhar que não te prejudica em nada", disse. Ainda cofnorme as investigações, o pagamento seria feito em duas parcelas: R$ 100 mil antes e R$ 100 mil depois da realização do serviço.

Após negar a oferta, o suspeito aumentou a proposta financeira. "A gente alinhando conseguiria pôr uns R$ 500 mil no seu bolso", disse.

De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro e a PF, o grupo criminoso teria acessado sistemas do Banco do Brasil para obter dados dos clientes e desviar quantias. O prejuízo pode chegar a R$ 40 milhões. 

Na quinta-feira (21), foram cumpridos  16 mandados de busca e apreensão contra 11 investigados nas zonas norte e oeste do Rio, Niterói e São Gonçalo. Entre eles, estão funcionários e terceirizados do Banco do Brasil.

Eles utilizavam dispositivos eletrônicos clandestinos para acessar sistemas internos de agências bancárias e obter dados sigilosos dos clientes. Os ataques aconteceram desde dezembro de 2023, em agências localizadas no Recreio dos Bandeirantes, Barra da Tijuca, Vila Isabel e Centro, na cidade do Rio de Janeiro, e também em unidades de Niterói, Tanguá, Nilópolis e Duque de Caxias.

Classificação Indicativa: Livre

Facebook Twitter WhatsApp