Ex-prefeita baiana defende contratação de empresa de limpeza urbana e nega relações com "Rei do Lixo"

A ex-prefeita de Eunápolis, no sul baiano, que desistiu de concorrer à reeleição em outubro de 2024, Cordélia Torres (União Brasil), negou qualquer relação com o empresário José Marcos de Moura, conhecido como "Rei do Lixo", após ter seu nome associado a ele. 

Cordélia defendeu a legalidade do contrato de R$ 50 milhões firmado com a Limp City para realizar a limpeza urbana da cidade e destacou que a Ecosal, consórcio, administrado por José Marcos de Moura e que tem a Limp City como integrante, é válido apenas em Salvador e não abrange outros municípios. Moura faz parte da alta cúpula do União Brasil, mesmo partido da ex-prefeita.

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O contrato inicial firmado entre a Prefeitura de Eunápolis e a empresa foi celebrado em caráter emergencial, com dispensa de licitação, no valor de R$ 16.732.241,40. A prestação do serviço de limpeza urbana era de seis meses, de março a setembro de 2023.

Segundo a equipe de Cordélia, ela foi “indevidamente” ligada ao Rei do Lixo, que é investigado pela Polícia Federal "em operações alheias” à ex-gestora. A política alegou também que há “confusão” por causa do consórcio de empresas “formado para execução de serviços com abrangência territorial restrita ao município de Salvador”.

Cordélia Torres afirmou desconhecer "qualquer relação travada entre o investigado e a empresa contratada” e que no processo de dispensa emergencial “todos os documentos e declarações exigidos foram disponibilizados pela contratada, e comprovaram a inexistência de impedimentos de ordem cível ou criminal, assim como ausente qualquer vinculação a grupos econômicos ou empresas gestoras alheias ao contrato”.

Em relação à distância entre Salvador, onde fica a sede da Limp City, e Eunápolis, a ex-prefeita apontou que “a legislação brasileira não proíbe a contratação de empresas sediadas em local diverso da prestação de serviço, mas, muito pelo contrário, a estimula, pretendendo a obtenção do melhor custo-benefício na execução de serviços públicos”.

E completa: “enquanto gestora do município não firmou qualquer relação comercial com a participação ou sob a influência do Sr. José Marcos de Moura”.