Polícia

Filhas de cabeleireira morta pelo ex na BA estão abaladas com que ouviram durante julgamento do pai

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As filhas gêmeas de Alessandra Souza Rios, de 40 anos, vão recorrer da decisão  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes sociais
Nilson Marinho

por Nilson Marinho

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Publicado em 09/08/2023, às 11h50


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As duas filhas gêmeas de Alessandra Souza Rios, de 40 anos, morta pelo ex-marido em janeiro de 2022, dizem ter ouvido da defesa do réu, Luiz Carlos da Silva, durante o julgamento do feminicídio, que a família da vítima estava em busca de “vingança e não de justiça” por desejar que o agressor ficasse mais tempo atrás das grades. O julgamento que o condenou homem a 16 anos de prisão aconteceu na terça-feira (8), no Fórum Prof. Jaime Junqueira Ayres, em Ipirá, mesma cidade onde o crime aconteceu.

“Eu estou realmente exausta psicologicamente e fisicamente depois de tudo isso porque foi bizarro tudo o que aconteceu ontem pra mim. Eu ainda estou processando, não consegui digerir ainda e nem sei se vou porque aquilo foi uma aberração surreal, a humilhação que fizeram com a gente”, lamentou Lara Rios em entrevista ao BNews.

“A defesa dele tratou a gente como mentirosas. Afirmaram que a gente queria vingança e não justiça como se fosse pouco. Tudo que ele fez e ele tem de pagar. Agora, com isso, a gente vai sim recorrer porque não existe um crime como esse de tanta crueldade, tanta frieza, pagar apenas isso. O que a gente sabe é que ele não vai ficar 16 anos recluso. Provavelmente, 5 ou 6 anos em regime fechado e, depois, vai ser solto”, completou a jovem.

Crime

A cabeleireira Alessandra, mais conhecida como “Sandra do Salão”, foi assassinada logo após retornar de uma vaquejada, na companhia de suas filhas gêmeas, fruto de sua relação com Luiz Cláudio, de alcunha “Judeu”. Imagens capturadas por uma câmera de segurança registraram o momento em que o homem disparou contra a ex.

Embora tenha sido prontamente socorrida por vizinhos e levada a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ipirá, Alessandra não resistiu aos ferimentos e morreu. Ela sofria ameaças e tinha uma medida protetiva contra o agressor. A reportagem não conseguiu contado com a defesa de Luis Carlos.

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