Polícia

Filhos de madrasta acusada de envenenar enteado falam após divulgação de laudo: ‘Que pague por tudo’

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Cíntia Mariano teve a prisão temporária prorrogada por mais 30 dias. Laudo do IML aponta envenenamento por chumbinho  |   Bnews - Divulgação Montagem Bnews

Publicado em 15/06/2022, às 18h20   Redação Bnews


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O Ministério Público pediu a prorrogação da prisão temporária de Cíntia Mariano, que está no Complexo de Gericinó, em Bangu, acusada de matar o enteado adolescente de 16 anos por envenenamento, após análise completa do IML, que é do dia 10, e foi divulgada também na terça-feira (14),  e apontou a presença de chumbinho no exame Bruno Cabral.  

O juiz Alexandre Abrahao Dias Teixeira, da 3ª Vara Criminal, atendeu ao pedido do Ministério Público e prorrogou a prisão temporária por mais 30 dias. Desde então, um desabafo intenso e sofrido tomou conta das redes sociais dos irmãos Lucas e Carla Mariano na terça-feira (14). Carla fez uma série de stories questionando uma fala do advogado da mãe, que dizia que a prisão era precipitada. As informações foram divulgadas pelo G1.

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“Prisão precipitada? Ela assumiu para mim e para o meu irmão, ligamos para a polícia e ela sabia que iríamos entregá-la, e ela esperou chegar para buscá-la. Meu sentimento é de raiva. Raiva de ter tanto tempo convivido e ter sido gerada por uma monstra. Raiva de ter como mãe e raiva de saber que mil anos de cadeia não vão trazer minha irmã de volta. Que ela pague por tudo. A justiça vai e tem que ser feita”, escreveu Carla.
Redes sociais

'Pesadelo'

Os comentários foram repostados por Lucas, que também escreveu sobre suas impressões ao lidar com a situação envolvendo a mãe.

Redes sociais
Postagem de Lucas Mariano - Redes sociais

Irmãos já prestaram depoimento

Lucas e Carla prestaram depoimento na 33ª DP, que investiga o caso, sobre as situações que levaram à morte de Fernanda e à internação de Bruno Cabral. Lucas contou em sede policial que a mãe havia confessado o envenenamento para ele, e que o fez por amor a Adeílson, pai dos jovens.

Na terça-feira (14), Jane Cabral, mãe dos jovens Fernanda e Bruno, também usou as redes sociais para falar sobre o laudo do IML que apontava o evenenamento de seu filho.

'Monstra', diz mãe dos jovens

"A confirmação que eu, meu filho e todos nós já sabíamos. Meu filho que sofreu na pele todo o processo e teve a chance de renascer. Chance que a minha filha amada não teve. Minha princess tão pura, tão cheia de luz, tão inocente, tão alegre, só fazia o bem. Quanto repúdio a essa MONSTRA, um ser do mal", escreveu.

'Teria evoluído para a morte'

O laudo do IML, mencionado pelo Ministério Público, cita explicitamente o veneno chumbinho como tendo sido encontrado no material gástrico de Bruno que foi analisado.

“O exame laboratorial, análise do lavado gástrico, realizado no laboratório do Instituto Médico Legal, revelou a presença de 04 grânulos esféricos diminutos, de coloração azul escura. Forma esta de apresentação de raticida amplamente e cladestinamente comercializado, conhecido como 'chumbinho'", diz trecho do laudo.

“O quadro clínico e a apresentação dos grânulos revela quadro clássico de intoxicação por raticidas, carbamatos, aldicarb. Caso a vítima não tivesse sido submetida a tratamento imediato, como ocorreu, provavelmente teria evoluído para o óbito”, diz em outro trecho.

No início do mês, um laudo preliminar já indicava a presença do grânulos e "citava indícios de envenenamento".

A substância encontrada foi analisada no laudo complementar e, no documento do dia 10 de junho, é possível afirmar que se tratava de chumbinho no corpo de Bruno.

No final de maio, o corpo da irmã dele, Fernanda Cabral, que morreu no dia 27 de março, foi exumado para tentar se chegar a causa da morte. Na época, a mesma foi atestada por causas naturais, mas suspeita-se que a jovem também tenha sido envenenada.

O advogado de Cíntia Mariano, Carlos Augusto dos Santos Junior, disse que já deu entrada em um habeas corpus pedindo a liberdade de sua cliente, e que aguarda o julgamento do mesmo. Ele voltou a dizer que considera sua prisão precipitada.

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