Polícia
Publicado em 27/06/2023, às 10h37 Nilson Marinho
No dia 23 de junho de 2019, o empresário William Oliveira era baleado pelo digital influencer Iuri Santos Abraão, conhecido como Iuri Sheik, durante uma discussão em uma festa de São João, em Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo baiano. Ele morreu três dias depois em um leito de hospital. O suspeito foi indiciado por homicídio qualificado, preso no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador, e solto para aguardar o julgamento em liberdade. Hoje, quatro anos depois do crime, vive na cidade de São Paulo e utiliza as redes sociais para compartilhar sua rotina com quase 20 mil seguidores.
Na manhã desta terça-feira (27), em entrevista ao programa Se7e da Matina, da BNews TV, a mãe de William lamentou o fato do autor da morte do seu filho estar nas ruas. "Vou tocando a vida como posso, matando a saudade do meu filho por meio das filhas dele. Acho que não vai sair disso, infelizmente, a Justiça aqui é assim", lamentou Nélia Oliveira.
Em outubro de 2022, o juiz da 1ª Vara Criminal da Comarca de Santo Antônio de Jesus decidiu que o réu iria a júri popular, mas a defesa do influenciador recorreu da decisão. "Tivemos uma vitória em primeira instância, quando o juiz de Santo Antônio de Jesus pronunciou o réu a ir a júri popular, no entanto, a lei abre margem para recursos. Foi o que os advogados dele fizeram: recorreram da decisão, levando o caso para a segunda instância. Estamos crentes, com base no processo e em todas as testemunhas que foram ouvidas, que a justiça tarda, mas não falha, e que ele irá a júri popular logo mais", explicou Wyre Souza, advogado da família do empresário.
Morte
Testemunhas que foram ouvidas pela polícia após o homicídio relataram que a morte foi por um motivo fútil. O empresário, que já tinha um desentendimento com o influenciador, teria se negado a cumprimentar Iuri que, aborrecido pela negativa, sacou uma arma e fez os disparos.
Iuri foi preso preventivamente no dia 26 de junho de 2019, no Centro de Observação Penal (COP), em Salvador. Ele se apresentou na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), assim que soube da morte da vítima.
Na chegada ao DHPP, ele evitou conversar com jornalistas, mas comentou de forma rápida que o episódio havia destruído sua vida. Um ano e cinco meses depois de ter ficado preso no Complexo da Mata Escura, Iuri foi solto após ter um habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Na saída, enquanto caminhava em direção ao carro do seu advogado, ele disse à imprensa que não estava arrependido do crime: “Jamais. Deus está comigo”.
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