Polícia

Jovem é preso por manter adolescentes como 'escravas virtuais' e tentar induzi-las ao suicídio

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Jovem tinha como alvo adolescentes entre 15 e 17 anos  |   Bnews - Divulgação Divulgação/PCDF

Publicado em 23/08/2023, às 17h31   Cadastrado por Victória Valentina


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Um jovem de 18 anos foi preso em flagrante nesta quarta-feira (23), no Distrito Federal, por divulgar vídeos e fotos de abuso sexual infanto-juvenil. O suspeito mantinha ao menos 15 "escravas virtuais", com idades entre 15 e 17 anos, e as induzia ao suicídio. Ele foi alvo da Operação Glaslighting, da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC). As informações são do Metrópoles.

Segundo as investigações, as vítimas eram obrigadas a chamá-lo de "mestre" e a gravar vídeos íntimos — o que configura crime de estupro virtual — e de automutilação, tendo que escrever palavras nos próprios corpos usando uma navalha.

O investigado é aluno do curso de áudio e vídeo do Instituto Federal de Brasília (IFB) e mantinha um canal no YouTube, com cerca de 4 mil inscritos, onde publicava vídeos sobre depressão e autoajuda. O conteúdo o ajudava a ganhar confiança das vítimas. A partir daí, segundo o delegado Tell Marzal, o suspeito pedia nudes e começava a escravizar sexualmente as adolescentes.

Ainda de acordo com as investigações, o jovem usava a rede de computadores do IFB para divulgar o material de abuso de menores, uma forma de "tentar ocultar o acesso [aos conteúdos] por causa do [endereço de] IP público [do instituto]."

Durante as buscas na casa do suspeito, policiais confirmaram que ele armazenava pornografia infanto-juvenil, produzida com equipamentos de casa e no computador da instituição de ensino superior. De acordo com o delegado, a família não tinha conhecimento de nada e disseram que "ele era uma pessoa introspectiva e que ficava muito tempo no quarto, usando a internet".

Se condenado, o investigado poderá receber pena de até 17 anos de prisão, pelos crimes de registro não autorizado da intimidade sexual, armazenamento de pornografia infantil, induzimento à prática de automutilação e suicídio, além de estupro na modalidade virtual.

Classificação Indicativa: Livre

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