Justiça

Defesa nega que acusado de matar namorada e atear fogo na casa se preparava para fugir ao ser preso

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Suspeito foi preso preventivamente pela 17ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) na última terça-feira (10), em Juazeiro, no norte da Bahia  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Facebook

Publicado em 12/08/2021, às 16h39   Léo Sousa


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A defesa do homem apontado pela Polícia Civil como assassino de Ludmila Aragão Campos, sua ex-namorada, nega que ele se preparava para fugir no momento em que foi preso.

A prisão preventiva do acusado foi cumprida pela 17ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) na última terça-feira (10), em Juazeiro, no norte da Bahia.

De acordo com a polícia, no instante do cumprimento do mandado, o homem se preparava para fugir. À Record TV Itapoan, nesta quinta (13), a advogada do suspeito, Jaqueline Calado, negou a versão.

"Ele não estava fugindo. Inclusive, ele ligou o telefone dele. Eu entrei em contato com a família, orientei a se entregar [...] Ele não estava arrumando nada para sair", declarou. A representante cobrou que a polícia apresente fotos nos autos do processo para comprovar a tentativa de fuga.

A fala foi contestada por Matheus Braga, advogado da família da vítima. Segundo ele, no momento da prisão, o acusado colocava móveis em uma caminhonete.

O defensor também afirma que, durante as investigações do caso, ficou comprovado que o suspeito mudava de residência e trocava de número de celular com frequência para não ser localizado.

"Tem provas suficientes de que ele estava se preparando pra fugir, inclusive de testemunhas. Ele é o único e principal suspeito de cometer esse crime bárbaro", complementa.

Após ter recurso negado pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), a defesa do suspeito entrou com pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e aguarda decisão. 

O advogado da acusação vê "indícios suficientes" no processo para que a prisão preventiva seja mantida. O suspeito deve ser encaminhado para o Centro de Observação Penal (COP), no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador.

O crime

O caso aconteceu no início de 2020. O corpo de Ludmila Aragão foi encontrado carbonizado, dentro do seu carro, no dia 28 de janeiro, às margens da BR-110, no trecho do município de São Sebastião do Passé.

A mulher era considerada desaparecida desde que sua casa havia sido incendiada, dias antes, em Aratuba. Investigações realizadas pela 24ª Delegacia Territorial (DT/Vera Cruz) apontaram que o namorado da vítima seria o autor do crime.

Segundo a polícia, Ludmila vivia em um relacionamento abusivo e temia romper com o agressor. Os investigadores também levantaram que o suspeito já havia ameaçado de morte uma ex-companheira, em Salvador.

De acordo com o Código Penal Brasileiro, o crime de feminicídio tem pena prevista de 12 a 30 anos de prisão.

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