Polícia

'Keu do BDM' apontado com líder do tráfico de drogas no Arenoso é inocentado

Alberto Maraux/SSP-BA
Keu foi preso neste ano em Paraisópolis, em São Paulo, durante uma operação policial  |   Bnews - Divulgação Alberto Maraux/SSP-BA
Nilson Marinho

por Nilson Marinho

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Publicado em 29/12/2023, às 11h49


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Cléber Santos da Silva, conhecido como Keu ou Coroa, apontado pela polícia como líder do tráfico de drogas no bairro do Arenoso, em Salvador, foi absolvido nesta semana da acusação de também ocupar posição de destaque em um grupo criminoso voltado para o tráfico de drogas em Simões Filho e São Sebastião do Passé, ambas na região metropolitana da capital baiana.

Embora o Ministério Público tenha sido favorável à condenação do suspeito por crimes de tráfico de drogas e participação em organização criminosa, a Justiça entendeu que não havia provas suficientes para condená-lo.

Denúncia

A denúncia do MP mencionava que Keu fugiu da Penitenciária da Mata Escura, na capital baiana, com a companhia de Edson Silva de Santana, conhecido como Jegue. Após a fuga, Edson teria assumido a liderança da facção com atuação nas duas cidades, tendo Keu como seu braço direito.

Ainda conforme a denúncia, Keu e Jegue, integrantes do Bonde do Maluco (BDM), estavam morando juntos em Paraisópolis, na cidade de São Paulo, de onde conduziam suas atividades criminosas na Bahia. Na capital paulista, os dois teriam estreitado laços com membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das facções mais conhecidas do país.

Versão

Keu foi apontado como responsável por traçar as rotas de envio de drogas e armamentos para o estado da Bahia, mantendo um perfil violento que o tornava temido até mesmo pelos parceiros de criminalidade.

No interrogatório de abril deste ano, após ser preso em São Paulo pelo Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), Cléber afirmou ser gesseiro e dono de um mercadinho, e que se mudou para a capital paulista para “mudar de vida”.

Ele alegou ainda ter escolhido Paraisópolis como novo lar ao chegar em São Paulo, mas enfatizou que não residia no mesmo endereço que Edson, e que sequer o conhecia, como foi apontado pelo MP.

Além disso, negou qualquer envolvimento com tráfico, refutando o título de distribuidor de drogas e fornecedor de armas de fogo. Jegue, que foi apontado como líder da organização criminosa, por sua vez, foi condenado a 3 anos, 11 meses e 7 dias de detenção por associação ao tráfico de drogas.

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