Homem que ordenou morte de Mãe Bernadete é condenado por outros crimes

O traficante Marílio dos Santos, também conhecido como "Gordo" ou "Maquinista", um dos chefões do tráfico de drogas na cidade de Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador (RMS), foi um dos cinco indiciados pela Polícia Civil pelo assassinato da ialorixá e líder quilombola Mãe Bernadete.

Na semana passada, ele foi condenado a 7 anos e 6 meses de reclusão, além de 887 dias-multa por outros crimes: associação para o tráfico de drogas e organização criminosa.

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Marílio teve a prisão preventiva cumprida em abril de 2018 pelos dois crimes, durante a Operação Tarja Preta da Polícia Federal, mas foi para as ruas após a Justiça lhe conceder liberdade provisória em dezembro de 2020.

O traficante, conforme denúncia do Ministério Público, exercia à distância a função de liderança do tráfico de drogas nas regiões do Barro Duro e Pitanguinha e, além disso, gozava de "forte influência entre seus pares".

Em agosto deste ano, o criminoso ordenou a morte de Mãe Bernadete porque a líder quilombola se contrapôs aos interesses do tráfico na região, segundo consta no inquérito policial concluído três meses após a morte da vítima, assassinada na frente dos netos. Marílio está foragido.