Polícia

Morreu porque lutava contra o tráfico de drogas, diz polícia em conclusão do inquérito de Mãe Bernadete

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Cinco homens foram indiciados pela morte de Mãe Bernadete  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 16/11/2023, às 12h41 - Atualizado às 12h51   Bernardo Rego e Nilson Marinho


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Os representantes da Polícia Civil concederam uma entrevista coletiva, nesta quinta-feira (16), para trazer detalhes a respeito da conclusão do inquérito que investiga o homicídio de Mãe Bernadete, que aconteceu no dia 17 de agosto, no Quilombo Pitanga dos Palmares, na cidade de Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador (RMS). 

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De acordo com a delegada-geral da Polícia Civil, Heloísa Brito, a conclusão do inquérito indiciou cinco pessoas por envolvimento no homicídio e mais uma por porte ilegal de armas. 

“Foi um trabalho feito em conjunto pelo DHPP, Departamento de Inteligência, Departamento de Polícia Metropolitana. O primeiro indiciado é um homem de 24 anos, que está preso, e recebeu a ordem de matar Mãe Bernadete. Ele foi preso na cidade de Araçás”, detalhou. Ainda segundo a delegada, a determinação partiu do tráfico de drogas. 


Ainda segundo Brito, o segundo indiciado, que é um dos executores, está foragido e tem um mandado de prisão em aberto por homicídio. Ele deixou o sistema prisional após autorização de saída temporária e não retornou. O terceiro indiciado, um dos mandantes do crime, é um homem de 28 anos indiciado por tráfico de drogas e conhecido da vítima. 


O quarto indiciado é um homem de 34 anos, o segundo mandante do crime, que possui um mandado de prisão em aberto por homicídio e está foragido.Ele foi preso em 2018 e  comanda o tráfico de drogas na região. O quinto indiciado está preso e é um homem de 45 anos, que instigou o homicídio, inclusive indicou o melhor local para o crime. Ele possuía desentendimentos contínuos com a vítima.  O sexto indiciado não participou efetivamente do homicídio, mas está preso por porte ilegal de arma de fogo e guardou as armas utilizadas para matar Mãe Bernadete. 


O promotor Luiz Neto, do Gaeco, também trouxe detalhes do homicídio e frisou que Mãe Bernadete morreu porque lutava contra o tráfico de drogas. Segundo ele, um homem chamado Marílio ordenou o crime e o executor foi identificado como Josevan, que está foragido. O outro executor, segundo Neto, chama-se Arielson. Ele detalhou ainda que o primeiro disparo foi na região do tórax e aconteceu após a vítima se recusar sentar no sofá após ordem de um dos executores. Em seguida foram efetuados mais 24 disparos. 


Ainda de acordo com o promotor, Mãe Bernadete resistiu tal qual Joana Angélica na independência da Bahia em 1822 e os executores do crime entraram a pé no quilombo para praticar o delito conforme determinação de um outro criminoso de nome Sérgio. 


As informações foram detalhadas em coletiva de imprensa que aconteceu no auditório do Ministério Público da Bahia (MP - BA), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador. 

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