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Mães que gravavam crianças durante abuso sexual para ‘vender’ a psicólogo são alvos da PF

Polícia Federal/Divulgação
Na casa do psicólogo foram encontrados vários elementos associados ao abuso sexual  |   Bnews - Divulgação Polícia Federal/Divulgação

Publicado em 31/07/2023, às 09h24   Cadastrado por Pedro Moraes


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Um grupo de mulheres foi alvo da Operação Anêmona, realizada pela Polícia Federal, na manhã desta segunda-feira (31), tanto no Ceará quanto no Rio de Janeiro. Algumas delas são mães suspeitas de abusar dos próprios filhos e de outras crianças. Além do crime de importunação, elas também gravavam os crimes e repassavam a um psicólogo aliciador por meio da internet.

No geral, durante esta segunda, são cumpridos seis mandados de prisão, seis mandados de busca e apreensão e uma medida cautelar de afastamento do lar. Todas as investigadas moram nas cidades de Fortaleza, Maranguape, Juazeiro do Norte e Belford Roxo (RJ).

Segundo divulgado pela PF, a investigação teve início em setembro de 2022, após várias publicações de um psicólogo usuário em fóruns da DarkWeb. Ele convencia as mulheres com filhos pequenos para que abusassem das crianças, produzissem imagens dos atos criminosos e compartilhassem com o suspeito.

No ano passado, o profissional foi detido na capital cearense, durante a Operação Psique Sombria. Os agentes apreenderam na casa do suspeito um notebook, uma câmera fotográfica, HDs externos, cartões de memória, uma máscara, entre outros materiais. A PF mencionou também que, no material apreendido com o homem, foram identificados mais de 12 mil arquivos.

Dentro do conjunto de documentos, havia registros de diálogos mantidos entre o aliciador e mulheres por este cooptadas para que praticassem abusos sexuais em face de seus filhos e outras crianças com quem mantivessem convívio. Outras mídias, como vídeos, fotografias, documentos, que retratavam de forma explícita os atos criminosos também foram capturados. 

Desdobramento

Agora, as mulheres serão indiciadas por estupro de vulnerável, satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente, além dos crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente, crimes com penas de até 45 anos de prisão.

Acima de tudo, a ação policial, com o objetivo de fazer cessar os abusos praticados pelas investigadas e resgatar as vítimas, contam com o apoio dos Conselhos Tutelares de Fortaleza, Maranguape e Juazeiro do Norte. 

O nome dado à ação, “anêmona”, tem referência à anêmona-do-mar, animal que tem como uma de suas características não cuidar de seus filhotes. Os agentes seguem com as investigações.




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