Polícia

Mais três vítimas vão prestar depoimento contra ginecologista investigado por violência sexual

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O ginecologista, de 71 anos, negou os crimes e vai prestar depoimento à polícia no dia 27 de julho  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Google Street View
Bernardo Rego

por Bernardo Rego

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Publicado em 20/07/2023, às 14h25 - Atualizado às 14h29


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O médico ginecologista Elziro Gonçalves de Oliveira, de 71 anos, investigado por supostamente ter cometido o crime de violência sexual, vai ser denunciado por mais três mulheres nesta sexta-feira (21), em Salvador. O crime teria ocorrido no centro médico do plano Caixa Assistência dos Empregados do Baneb (Casseb), no bairro de Brotas.

O BNews apurou junto a advogada Clarice Aragão, responsável por fazer a defesa das vítimas, que tudo começou quando a sua primeira cliente ficou sem dormir e se alimentar e a partir daí tomou a decisão de prestar depoimento à polícia na 6ª Delegacia de Brotas.

De acordo com a advogada, o crime que está configurado no caso da primeira cliente trata-se de violência sexual mediante fraude – cuja pena varia de 2 a 6 anos de reclusão. Ela pontuou ainda que o processo está na fase inicial onde as provas serão colhidas, mas ressaltou que os depoimentos das mulheres têm um peso substancial no curso do processo. Ainda segundo Aragão, há mais duas pessoas querendo prestar queixa contra o médico após a repercussão na imprensa.

O médico vai ser ouvido pela polícia no próximo dia 27 de julho a fim de que o inquérito possa ser concluído e remetido ao Ministério Público da Bahia (MP-BA).

O ginecologista negou o assédio. Após ser ouvido pela coordenadora da unidade onde trabalha há 30 anos, ele foi afastado e viajou para outro estado. "Eu fiz a minha defesa. É... Não houve nada do que a paciente está alegando. Não estou entendendo o porquê. Nunca tive uma queixa, nunca tive um problema", garantiu.

Por meio de nota, o Conselho Regional de Medicina (Cremeb) relatou que o processo tramita em sigilo e se as denúncias forem comprovadas, as sanções podem ir de advertência até cassação do exercício profissional.

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