Polícia

“Precisa relaxar”, diz ginecologista acusado de assédio sexual durante consulta, segundo paciente

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O ginecologista negou ter cometido assédio sexual, porém foi afastado  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Google Street View

Publicado em 20/07/2023, às 06h54   Redação BNews


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Um ginecologista é apontado como assediador por parte de uma administradora, de 43 anos de idade, que não teve a identidade divulgada. Segundo a suposta vítima, a ação aconteceu durante uma consulta, realizada no centro médico do plano Caixa Assistência dos Empregados do Baneb (Casseb), em Salvador, há um mês. 

Após sentir dores geradas por infecção urinária, a mulher procurou o atendimento no local. Identificado como Elziro Gonçalves de Oliveira, o médico foi afastado dos atendimentos do plano durante a apuração do caso. O caso está sob investigação da Polícia Civil da Bahia (PC-BA). As informações são do portal g1.

Antes mesmo de ser atendida pelo possível agressor, a mulher tinha interesse em marcar uma consulta com um urologista, porém não teve êxito. Dessa forma, a atendente sugeriu que ela fosse atendida por um ginecologista. A consulta específica para essa área estava agendada para o dia seguinte, porém, pela intensidade das dores, resolveu antecipar. 

Como tinha um laudo que constava da infecção, ela aguardava que um profissional passasse algum medicamento. No decorrer da consulta, o ginecologista sugeriu um preventivo. "Eu não consigo dormir direito. Eu acordo lembrando disso. Eu me pego lembrando disso, quando eu vou para o banho, eu lembro disso. A roupa que eu usei naquele dia joguei fora", lamentou.

Em função do amplo tempo que havia realizado o último preventivo, ela aceitou fazer o procedimento.  "Começou a tocar, apalpar meus mamilos, apertava os mamilos, perguntava se eu estava tendo sensibilidade e eu já havia dito que não tinha sensibilidade, mas ele insistia muito", acrescentou.

Segundo a mulher, o médico não usou luvas, máscaras e retirou o lençol que cobria as pernas durante o preventivo. "Você se masturba? Ele me perguntou dessa forma e eu me calei. Aí insistiu, perguntou que tipo de aparelho eu usava para me masturbar e ainda chegou a falar assim: '’É... Você está muito tensa, muito nervosa, precisa relaxar’", descreveu.

Outro lado

Por meio de nota, o Conselho Regional de Medicina (Cremeb) relatou que o processo tramita em sigilo e se as denúncias forem comprovadas, as sanções podem ir de advertência até cassação do exercício profissional.

Aos 71 anos, o ginecologista negou o assédio. Após ser ouvido pela coordenadora da unidade onde trabalha há 30 anos, ele foi afastado e viajou para outro estado. "Eu fiz a minha defesa. É... Não houve nada do que a paciente está alegando. Não estou entendendo o porquê. Nunca tive uma queixa, nunca tive um problema", garantiu.

Ainda conforme a publicação, a direção do Casseb confirmou que averigua o caso, convidou a denunciante para ser ouvida três vezes, mas teve os pedidos negados. Disse ainda que precisa ouvir a paciente para continuar com as investigações.

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