Polícia

Médico é suspeito de agredir mãe de 75 anos em Salvador: “a família está horrorizada”, diz genro da vítima

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Esta não seria a primeira vez que o médico se envolveu em confusões  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Vídeo

Publicado em 12/07/2022, às 12h57 - Atualizado às 12h59   Redação BNews


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Um médico identificado como Ricardo da Costa Lima, de 54 anos, está sendo acusado pela família de agredir a própria mãe, uma mulher de 75 anos. [A princípio, a matéria informou que ele seria chefe da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Cardiológica do Hospital Santa Izabel, em Salvador, o que foi negado pela unidade de saúde, que afirmou que Lima é apenas um plantonista do hospital].

Ainda de acordo com o seus familiares, esta não seria a primeira vez que o médico se envolveu em confusões. Ele também teria supostamente agredido a ex-esposa, em outubro do ano passado. Além disso, foi conduzido à delegacia após humilhar profissionais de saúde na Arena Fonte Nova, ao tentar vacinar sua companheira contra a Covid-19 sem que ela estivesse apta para receber o imunizante.

Em conversa com o BNews, na noite de segunda-feira (11), o empresário Marcelo Meireles, cunhado do suposto agressor, disse que a família está em "choque e horrorizada" por causa das agressões contra a idosa. As violências teriam acontecido na última terça (5), na casa do médico. “Ela veio visitar ele sem o conhecimento dos outros filhos e acabou acontecendo a agressão”, disse Meireles.

De acordo com o boletim de ocorrência registrado na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam/Brotas), a vítima arrumava as malas para voltar para Vitória da Conquista, no sudoeste baiano, momento em que se desentendeu com o filho. A suspeita é de que o profissional desferiu diversos socos, além de ameaçar a genitora de morte.

“Nós a levamos no médico, ela fez exames, mas ele por ser médico sabe como bater para não deixar manchas. Ela está sem conseguir andar, bem debilitada. Durante a agressão, ela acabou se desequilibrando e caiu. Ele bateu na cabeça dela, no ombro, a empregada dele inclusive testemunhou a agressão”, continou o cunhado.

Ainda de acordo com o empresário, desde o ocorrido, o médico tem feito inúmeras ligações ameaçando a idosa e pedido que ela retire a queixa. “Já tentamos conversar com ele, mas ele bloqueou todo mundo no WhatsApp. Ele é um cara desequilibrado, tudo é motivo para brigar”.

Em um vídeo encaminhado pelos familiares à reportagem, é possível ver a maneira como o médico trata a mãe. Ele aparece fazendo imagens de um quarto e proferindo diversos palavrões contra a idosa. “Aqui o quarto que eu botei, ôh maluca, véia, que não morre nunca, desgraça, peste, você e seus filhos tudo uma desgraça, olha aqui, fiz o quarto sabe pra quem? Pra um filho meu, não pra você sua velha louca que ainda mora na minha casa, mas vai morar até morrer porque eu sou bom, e se eu pedir a meu advogado seu dinheiro vai embora rapidinho, eu tô é lhe protegendo sua imbecil, sua idiota”, diz.

O BNews falou com Ricardo no início da tarde desta terça (12). Por meio de uma ligação telefônica, ele disse ser vítima de um "complô familiar" motivado por "uma briga por herança". "Minha mãe, não mora comigo. Não estou acompanhando [o caso], deixa ela falar. Ela não mora comigo e não há nenhuma agressão. São coisas de família, não há nenhum tipo de agressão. Minha mãe está demente, não lembra mais das coisas e está repetitiva, esquece as coisas. Não quero mais falar sobre isso. Isso [denúncia] parte da família. Por herança, claro", disse. 

Procurada, a assesssoria de comunicação do Santa Izabel afirmou que, a princípio, não irá comentar o caso que envolve o seu colaborador. 

Agressão a ex-mulher

Em dezembro de 2007, a ex-mulher de Ricardo da Costa Lima registrou um boletim de ocorrência na Deam também por agressões. Mesmo sem conviver com o médico há três anos, na época ela afirmou que recebeu vários murros na cabeça, além de puxão de cabelo.

Na delegacia, a vítima disse que não era a primeira vez que sofria violência por parte do companheiro, já que outras agressões tinham acontecido na casa de praia da família, em Jauá, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). As agressões tiveram início após a mulher intervir em uma surra que o médico estava dando no filho.

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