Polícia

Médico é acusado de estuprar pacientes após cirurgias; entenda o caso

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Foragido da Justiça, o cirurgião teve a prisão preventiva decretada  |   Bnews - Divulgação Reprodução/RecordTV

Publicado em 25/10/2023, às 20h32   Cadastrado por Marco Dias


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Paulo Augusto Berchielli, médico proctologista de 63 anos, é acusado de estuprar pelo menos quatro pacientes em sua clínica, em Tatuapé, zona leste de São Paulo. Nesta quarta-feira (25), o Conselho Regional de Medicina do Estado (Cremesp), afirmou que investiga “o profissional em questão”. A Justiça decretou sua prisão por tempo indeterminado, mas o cirurgião encontra-se foragido. 

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Segundo informações do programa Cidade Alerta, da Rede Record, duas pacientes do médico relataram que sofreram abusos após cirurgias de hemorroida. Uma das vítimas, uma enfermeira de 47 anos, afirmou que foi estuprada pelo médico logo depois de ser submetida a uma cirurgia, em agosto do ano passado. 

“Eu estava ainda grogue, por causa da anestesia. Mas lembro, em flashs, dele me colocando de bruços na maca e minha cabeça batendo na parede. Vomitei. Depois de um tempo, vi que ele limpava o pênis em uma pia ao lado da maca”, relatou a enfermeira. 

Assim que acordou, a mulher foi para a 5ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), no Tatuapé, e por ainda usar a mesma roupa com a qual deixou a clínica do proctologista, seu vestuário foi apreendido e encaminhado para a perícia. 

HUMILHAÇÃO

A vítima ainda contou que teve que lidar com um episódio humilhante, quando sua calcinha “desapareceu” da delegacia, e os resultados dos laudos periciais do seu vestido tiveram resultado negativo. 

Ela ainda afirmou que duas escrivãs da delegacia fizeram pouco caso da situação. “Uma delas perguntou para a outra se ela estava com calcinha, e tirando uma da minha cara porque eu perguntei sobre a minha, que tinha desaparecido”, contou a enfermeira. 

A calcinha só apareceu quando o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) ofereceu denúncia contra o médico e solicitou os laudos, que deram positivo para a presença de sêmen na peça de roupa íntima da mulher. 

DEFESA DO CIRURGIÃO

O advogado de defesa do cirurgião, Daniel Leon Bialski, refutou e negou todas as acusações feitas contra o médico. 

“(...) sua atuação sempre se pautou pela ética e respeito a seus pacientes, sendo reconhecido pela reputação ilibada conquistada ao longo dos mais de 40 anos de carreira, na qual atendeu e realizou procedimentos em milhares de pacientes, sem qualquer intercorrência ou acusação semelhante”, afirmou em nota. 

CREMESP

O Cremesp afirmou que investiga o cirurgião, “sob sigilo determinado por lei”. No site do conselho, o registro profissional do médico, que está foragido da Justiça, consta como ativo. 

Classificação Indicativa: Livre

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