Polícia

Menina de Salvador estuprada por quatro pessoas sofreu bullying na escola após crime

Marcelo Camargo/Agência Brasil
A menina foi estuprada por quatro pessoas, três adolescentes e um adulto  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 14/08/2022, às 14h40   Redação BNews


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A garota de 12 anos, que foi estuprada por quatro pessoas após ser abordada na frente da escola em Salvador, virou motivo de piada entre os colegas suspeitos de cometerem o crime, há dois meses, no bairro de Fazenda Coutos III. Além de ter sofrido com o trauma da violência sexual, a menina também precisou lidar com os frequentes episódios de bullying nos corredores da instituição de ensino. A situação ficou insustentável e os responsáveis por ela precisaram transferi-la. 

De acordo com a família, a vítima estava na frente da escola municipal quando foi abordada por dois colegas adolescentes. Eles levaram a menina até uma casa de jogos virtuais, onde outras duas pessoas a esperavam: um outro adolescente e um adulto. Os suspeitos têm entre 15 e 18 anos. No local, ela teria sido agredida e violentada.

“Ela teve que sair da escola por causa da chacota. Antes de cair no conhecimento, eles, os mesmos que cometeram o crime, ficavam falando um para o outro: ‘aquela ali, olha lá, olha lá, aquela ali’. Aí, teve que tirar a criança da escola”, disse o pai da vítima em entrevista à TV Bahia. Ele preferiu não se identificar. 

Depois do estupro, a garota não comunicou o que havia acontecido para os pais e funcionários da escola e continuou frequentando a sala de aula. Em um determinado dia, cansada dos ataques que vinha sofrendo, ela resolveu contar à direção, que convocou os seus pais para uma conversa. Antes do estupro, ela já estava sendo coagida pelos suspeitos. 

“[a vítima] tá mal, tá mal, estressada. É complicado, eu não desejo isso para nenhuma família. Tem dois meses, mais ou menos, e a Justiça nada. Ela não sai mais de casa com medo de encontrar com eles. Eles estão andando lá normalmente, como se nada tivesse acontecido”, desabafou o pai, ainda em entrevista à TV Bahia.

O caso foi registrado na Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca) e a vítima passou por um exame de corpo de delito. Em nota, a Secretaria Municipal de Educação informou que convocou os pais da vítima, bem como os pais e responsáveis dos suspeitos que estudam na escola. O órgão municipal diz ainda que orientou que a família da jovem denunciasse o caso à polícia e afirmou que tem colaborado com as investigações. O caso corre em segredo de Justiça já que envolve menores de idade.

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