Polícia

MP descobre que policial está por trás da morte de gerente de supermercado na Bahia

Reprodução/Redes sociais
Na denúncia do MP, o agente é apontado como o executor da vítima, morta a tiros em maio de 2023  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes sociais

Publicado em 27/03/2024, às 08h28 - Atualizado às 08h28   Redação BNews


FacebookTwitterWhatsApp

Um policial militar foi alvo de uma operação para o cumprimento de prisão preventivamente nesta quarta-feira (27). Diego Kollucha Santos Vasconcelos é suspeito da morte de uma gerente de supermercado, assassinada a tiros na cidade de Saubara, em maio de 2023. O agente foi denunciado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA). Até o fim desta manhã, ele não tinha sido localizado.

Juliana de Jesus Ribeiro, de 30 anos, tinha acabado de fechar o estabelecimento quando foi baleada depois de ter sido abordada pela dupla, que estava em um veículo.

Na denúncia, o MP disse que imagens de câmeras de seguranças “registraram o policial executando a vítima, já rendida, totalmente indefesa, de costas para seu executor”.

Conforme laudos policiais, Juliana foi atingida diversas vezes à queima roupa na cabeça, face, tórax, abdômen e braços.

Os mandados de prisão e busca e apreensão foram expedidos pela Vara Criminal de Santo Amaro. O policial já estava preso desde a deflagração da Operação Salobro, em outubro do ano passado, que investigou a participação de PMs em milícias na região de Santo Estévão.

Durante o cumprimento do mandado da nova prisão nesta quarta, foi descoberto, no entanto, que ele havia fugido de uma das selas do Batalhão de Choque, onde estava detido. Agora, diligências estão sendo feitas para encontrá-lo.

Segundo a denúncia, o crime foi planejado e o agente, 13 dias antes da execução, foi flagrado observando a rotina da vítima, percorrendo o mesmo percurso e realizando as mesmas ações que foram feitas na data do homicídio.

A investigação apontou que, por volta das 19h30 do dia do crime, Diogo Kollucha e um comparsa, ainda não identificado, renderam a vítima quando ela saía do trabalho, em técnicas semelhantes às de abordagem policial, obrigando-lhe a pôr as mãos na cabeça e a ficar de costas para eles.

Ainda conforme a denúncia, o soldado alterou as placas do veículo utilizado no crime com a finalidade de dificultar a investigação.

Na decisão que determinou a prisão preventiva para garantia da ordem pública, a Justiça aponta haver fortes indícios probatórios de que o PM "praticou, em ação meticulosamente premeditada, homicídio qualificado, através de recurso que dificultou a defesa da vítima".

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp