Mulher diz que sofreu violência durante parto: 'riu de mim, me cortou e me tocou'

Após o caso do médico anestesista, que estuprou uma grávida durante um parto, ganhar destaque em todo o Brasil, agora, uma mulher denuncia que também sofreu violência obstétrica, em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. 

Em depoimento dado ao G1, Sabrina Carvalho afirmou que, no dia 28 de dezembro de 2019, entrou em trabalho de parto e optou por fazer o procedimento sem anestesia. 

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Tudo estava combinado com a equipe médica, mas durante uma troca de plantão, um novo médico teria causado um pesadelo no momento mais esperado e delicado para a paciente. 

“O médico já entrou fazendo muito barulho, me dando puxos enquanto eu estava de quatro apoios na maca. Ele insistia para me dar analgesia e eu disse que aguentava. Aí ele riu de mim com o anestesista. Me cortou, usou fórceps e ainda me tocou umas cinco vezes em uma hora”, contou Sabrina ao portal.

Sabrina também diz que foi obrigada a ficar deitada, posição que não estava em seu plano de parto. Além disso, o uso do fórceps causou no bebê uma cefalohematoma, lesão devido a uma hemorragia no crânio.

“Foi uma experiência horrorosa, de violência e desrespeito. Fiquei pedindo perdão para o meu filho e o médico ainda disse que eu estava sendo ridícula”, disse a mulher.

Sabrina teve que ir a três unidades policiais para conseguir fazer uma denúncia contra o profissional. Agora, o caso corre em segredo de Justiça. “Eu fiz a denúncia porque tinha noção da violência que estava sofrendo. Muitas mulheres sequer sabem que estão passando por maus-tratos durante o parto”.