Polícia

Novas vítimas do anestesista acusado de estupro prestam depoimento na Delegacia da Mulher

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A delegada responsável pelo caso espera ouvir,ainda nessa terça-feira (12), o depoimento de um médico e um técnico de enfermagem  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 12/07/2022, às 12h27   Redação


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Uma paciente do anestesista Giovanni Quintella Bezerra, acusado de estuprar uma mulher durante a cesárea, disse em depoimento à polícia ter estranhado o comportamento do médico durante o parto do terceiro filho, no dia 5 de junho. A técnica de radiologia, Naiane Guedes, esteve na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de São João de Meriti (Deam), na Baixada Fluminense, nesta terça-feira (12).

"Não sei se aconteceu alguma coisa comigo, estava sedada, mas quando vi na TV fiquei desesperada. A única coisa que me recordo da cirurgia é da voz dele. Ele ficava falando baixinho ao meu ouvido, isso me incomodava. Ele perguntava se eu estava bem", disse Naiane Guedes à reportagem do G1.

Outra situação estranha relatada por ela é de ter sido "completamente sedada", o que não aconteceu em partos anteriores. "Estranhei porque fui completamente sedada, com anestesia geral. Essa é minha terceira cesárea e nunca aconteceu isso das outras vezes".

"Isso que ele fez é uma violência com a gente e com a família. A gente não tem segurança no momento mais feliz da nossa vida. Deus queira que ele seja o único (estuprador), porque ele já foi preso e a Justiça já foi feita. Mas é importante que outras mulheres venham à delegacia para denunciar essa violência", completou.

Para o marido de Naiane, Rafael, o nascimento do terceiro filho também foi diferente já que ele foi convidado a se retirar da sala de parto antes do final do procedimento. "Depois que eu saí, ela foi sedada. Tudo isso é revoltante", disse Rafael.

Além da técnica de radiologia, outras duas mulheres, com bebês no colo, também foram à delegacia onde está sendo colhido os depoimentos de outras possíveis vítimas do médico. A delegada da Deam espera o depoimento de um médico e um técnico de enfermagem do Hospital da Mulher, onde o abuso foi gravado ainda nesta terça-feira. Dia também em que está confirmada a audiência de custódia de Giovanni. Na sessão prevista para as 13h vai se decidir se ele continuará preso. O anestesista foi indiciado por estupro de vulnerável, cuja pena varia de 8 a 15 anos de reclusão. A defesa do médico disse que aguarda acesso à íntegra dos depoimentos para se manifestar.

Processo de expulsão

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) abriu nesta segunda-feira (11) um processo para expulsar Giovanni. "As cenas são absurdas", disse o presidente da entidade, Clovis Bersot Munhoz.

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