Polícia

O que se sabe sobre a morte da mulher esfaqueada, enrolada em tapete e queimada em Salvador

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A mulher teria sido esfaqueada e morta pelo namorado, que está sendo procurado pela polícia  |   Bnews - Divulgação Reprodução/RecordTV Itapoan
Nilson Marinho

por Nilson Marinho

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Publicado em 29/03/2023, às 14h14


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Larissa Bonfim Rodrigues, de 30 anos, morta na segunda-feira (27), na casa onde morava, na Vila São Cosme, no Ogunjá, em Salvador, foi o segundo feminicídio registrado na cidade neste ano. O primeiro aconteceu no último dia 20 de março, em São Cristóvão.

Nas primeiras horas da manhã desta quarta (29), policiais estiveram cumprindo mandados de busca e apreensão na casa dos pais do principal suspeito de matar Larissa: o namorado dela. O nome dele não foi informado pela Polícia Civil, mas o BNews apurou que trata-se de um homem de 36 anos de prenome Robson.

Ele não tem uma profissão definida e morava com os pais, na região do Dique Pequeno, no Engenho Velho de Brotas. A última vez que o suspeito foi visto foi no dia do crime, deixando o imóvel de Larissa, pouco tempo antes dela ser encontrada morta, com ferimentos provocados por golpes de faca e enrolada em um tapete, que estava em chamas.

Os agentes da 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico) estiveram na casa dos pais de Robson e na residência da ex-mulher dele, no bairro da Saúde. Os policiais foram informados de que o suspeito estava escondido na residência da ex. O homem não foi encontrado em nenhum dos dois imóveis, assim como a arma que teria sido utilizada para ferir a companheira.

Dia do crime

A polícia ainda não sabe como estava o relacionamento entre Larissa e Robson, que teve início há pouco mais de um ano. O que foi apurado até agora é que o namoro foi marcado por discussões, episódios de agressões mútuas, além de términos e reconciliações. Não havia contra o suspeito nenhuma denúncia de agressão, mas a sua ex-mulher relatou a investigadores que viveu um relacionamento tóxico e violento.

De acordo com a coordenadora da 1ª DH, Pilly Dantas, a mulher não gostava que familiares opinassem sobre o seu relacionamento. Ela morava sozinha no imóvel com um dos dois filhos, uma criança de sete anos, fruto de um outro relacionamento. Larissa também era mãe de um adolescente de 14, que vive com os avós paternos. Ela já não tinha mais a guarda do primogênito.

No dia do crime, a vítima saiu para deixar o caçula na escola e retornou para a residência, onde recebeu a visita do namorado. Vizinhos informaram à polícia que ouviram gritos vindo do imóvel, mas que não intervieram porque as brigas entre o casal eram recorrentes. Populares só resolveram entrar na casa depois de avistarem fumaça e sentirem um forte cheiro de gás.

O corpo de Larissa foi encontrado na sala de estar, envolto em um tapete, que estava em chamas. O fogo também se espalhou por todo o espaço. A suspeita é de que depois de matar a namorada a facadas, o homem envolveu o corpo com o tecido, jogou álcool, ateou fogo no cadáver e abriu um botijão de gás antes de fugir.

“Não nos relataram se eles tinham terminado o relacionamento ou se haviam brigado nos dias anteriores. O que a gente sabe é que os vizinhos viram o rapaz chegando e, em seguida, ouviram muitos gritos dela. Não eram gritos de socorro, eram de discussão. Depois que esses barulhos cessaram, outras pessoas o viram deixando o local. Acharam que estava tudo bem. Alguns dizem que ele saiu correndo; outros, andando. Avistaram fumaça e vizinhos mais próximos sentiram o cheiro de gás porque ele supostamente abriu o gás, para causar uma explosão”, comentou a delegada.

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